Durante a cerimônia em que o presidente sancionou a lei que institui o Programa Combustível do Futuro, a empresa anunciou investimento de R$400 milhões na unidade de biocombustível em Uberaba
O empresário Erasmo Carlos Battistella com o presidente Lula e o ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia (Foto/Divulgação)
Durante cerimônia em que o presidente Lula sancionou a lei que institui o Programa Combustível do Futuro, também foi comunicado que a empresa Be8 irá investir R$400 milhões na construção de unidade de biocombustíveis em Uberaba. Será a primeira empresa dentro do projeto piloto Gás para Empregar.
A comunicação foi feita junto com o empresário Erasmo Carlos Battistella, CEO do ECB Group e fundador da Be8. A empresa atua no segmento de energias renováveis e implementa novas matrizes energéticas por meio de ecossistema circular de inovação.
O empresário do setor de bioenergia e integrante do Conselhão do governo federal Erasmo Carlos Battistella destacou que a chegada dos biocombustíveis avançados coloca o Brasil de volta na primeira linha das energias renováveis do mundo. Ele cobrou, entretanto, rigor na fiscalização da cadeia de combustível, para garantir a qualidade do produto que chega até o consumidor.
“O Brasil estava retrocedendo e nós estávamos 10 anos atrasados quando comparados à Europa e aos Estados Unidos no que diz respeito a biocombustível avançado. O dia de hoje é histórico, porque nos posiciona de novo na vanguarda dos biocombustíveis, espaço que nós nunca deveríamos ter deixado”, disse, citando retrocessos do governo anterior que, por exemplo, reduziu o teor de mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel fóssil.
Neste ano, o governo voltou a aumentar esse teor para 12%. A elevação será progressiva até 2026, quando deve chegar a 15%.
O governo federal quer criar um conjunto de iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e estimular o uso e produção de biocombustíveis no Brasil, que também visa promover a mobilidade sustentável de baixo carbono.
Outro destaque do projeto para a transição energética é a proposta de marco regulatório para o exercício das atividades de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono, cuja regulação também será atribuída à ANP. Com isso, será possível capturar gases de efeito estufa da atmosfera e injetá-los em reservatórios subterrâneos.