MUDANÇAS

Emenda à Lei Ôrganica de Uberaba assegura deliberação dos conselhos na peça orçamentária

Gisele Barcelos
Publicado em 17/05/2023 às 22:42
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Autora da proposta, a vereadora Luciene Fachinelli inseriu a anexação das atas dos conselhos na peça, o que foi questionado e gerou pedido de vistas, adiando a votação (Foto/Rodrigo Garcia/CMU)

Após polêmica em relação ao orçamento da Saúde no ano passado, Legislativo apresenta proposta para alterar Lei Orgânica Municipal (LOM) e assegurar que deliberação de conselhos municipais seja considerada na votação da peça orçamentária. 

De autoria da vereadora Luciene Fachinelli (União) e assinada pelos outros parlamentares, a proposta em tramitação na Câmara inclui na Lei Orgânica uma nova exigência para o envio ao Legislativo dos projetos do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do orçamento anual.

Pelo texto, o Executivo deve encaminhar para a Câmara os projetos referentes à questão orçamentária, juntamente com as atas das audiências públicas realizadas e as atas de reuniões dos conselhos municipais. Até então, a medida não está prevista da Lei Orgânica.

Na justificativa da matéria, a vereadora manifestou que a criação da exigência seria um instrumento para aumentar e estabelecer a participação social nas decisões administrativas do Município.

A proposta estava na pauta da sessão de ontem e até começou a ser discutida em plenário, mas foi questionada se a inclusão das atas não poderia engessar a análise dos projetos referentes à questão orçamentária. Com isso, foi aprovado um pedido de vista e a votação da matéria foi adiada para aprofundar a análise sobre a medida. Ainda não há previsão para o retorno do tema ao plenário.

A iniciativa de cobrar o envio das atas do conselho junto com as leis orçamentárias ocorre depois de críticas no ano passado em função de corte de R$80 milhões nos recursos para a Saúde na versão final do orçamento 2023 encaminhado para a Câmara.

O Conselho Municipal de Saúde havia aprovado um projeto com previsão de, aproximadamente, R$589,2 milhões para o setor, porém a versão enviada ao Legislativo direcionava apenas R$510 milhões para a Saúde e não houve consulta aos conselheiros. A situação, inclusive, resultou em uma denúncia ao Ministério Público.

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