Registro de assalto em residência seguido de estupro de adolescente de 15 anos em Uberaba suscitou debate na CMU
Registro de assalto em residência seguido de estupro de adolescente de 15 anos em Uberaba suscitou debate na Câmara Municipal sobre a fragilidade da Legislação Brasileira e a inércia do poder público para conter a escalada da violência.
Além da identificação dos marginais com a consequente punição prevista para crimes hediondos, o vereador Carlos Godoy (PTB), que integra a Comissão de Direitos Humanos, afirmou que o modelo de combate à criminalidade necessita de urgente revisão. “Os códigos Civis e Penal deveriam ser revistos”, considera. Segundo ele, a punição não atua na raiz do problema, demandando sérios investimentos na educação, no enfrentamento à violência.
O presidente Lourival dos Santos (PCdoB) disse que a barbárie cometida em Uberaba comprova que a ausência de prioridades na formação do ser humano gera atitudes irracionais. Ele classificou o crime como um verdadeiro processo de desumanização e desrespeito às leis de Deus.
Delegado aposentado, Luiz Dutra (PDT) foi contundente ao analisar que as leis hoje beneficiam mais os bandidos que a própria vítima. Ele defende a realização de uma “radiografia” do Código Penal, imputando penas mais severas para os crimes hediondos. Contrário à pena de morte, se posta favorável à prisão perpétua, principalmente em práticas violentas reincidentes. Em sua opinião, a educação deveria atingir de forma maciça as famílias de baixa renda.
Índices de marginalidade que chegam a 80% são aferidos em famílias que vivem em condições miseráveis, sem acesso à cultura e formação digna.