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Forças de segurança pública querem mesmo reajuste que educação

O deputado Sargento Rodrigues (PL), que adiantou estudos do governo de Minas em oferecer 5,8% para demais carreiras do Estado, reivindica reajuste de 12,84%

O Tempo
Publicado em 03/05/2023 às 09:52
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O presidente da Comissão de Segurança Pública, Sargento Rodrigues (PL), afirmou que, "na pior das hipóteses", o governo de Minas Gerais deve oferecer os mesmos 12,84% propostos ao magistério público (Foto/Luiz Santana/ALMG)

O deputado estadual Sargento Rodrigues (PL) afirmou, nesta terça-feira (2), que as forças de segurança pública de Minas Gerais querem, no mínimo, um reajuste salarial dos mesmos 12,84% a serem propostos pelo governo Romeu Zema (Novo) ao magistério público. Como já mostrou O TEMPO, Rodrigues irritou o Palácio Tiradentes ao tornar público que o Executivo estuda oferecer 5,8% de recomposição para as demais carreiras do funcionalismo público.

Rodrigues argumentou que as perdas inflacionárias acumuladas pelos servidores da segurança pública, entre 2015 e 2022, são de 35,44%. “O governo não defendeu o aumento dos salários do governador, do vice e dos secretários, alegando que havia 16 anos sem inflação? Os 16 anos deram 147% (de inflação) e o governo deu 298% de aumento, com 151% de aumento real. E os da segurança?”, questiona o presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

De acordo com o deputado estadual, o argumento do governo de Minas Gerais é que a recomposição de 35,44% violaria os preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) - Lei Complementar - 101/2020. “Durante a reunião, indaguei a secretária de Planejamento (Luísa Barreto) e o secretário de Governo (Igor Eto) duas vezes: a LRF não tem impedimento para o governo dar 300% para o governador, o vice e os secretários? Ninguém respondeu”, disse.

Questionado, Rodrigues respondeu que não teme que o anúncio dos 5,8% possa atrapalhar as negociações entre as bancadas e o governo por um índice diferenciado à segurança pública. “Pelo contrário, medo nenhum”, afirmou. “Disse categoricamente ao secretário de Governo: nós vamos sair desta reunião e dizer o quê? É a terceira reunião. O secretário de Governo disse que eu poderia dizer tudo o que havia acabado de dizer na reunião. Agora não pode reclamar”, afirmou. 

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Em busca de pressionar o governo Zema, a Comissão de Segurança Pública deve realizar, na próxima semana, uma audiência para discutir a proposta de 5,8%. Antes, conforme Rodrigues, um encontro entre a bancada e os líderes de entidades de classe será realizada, na próxima segunda (8), para preparar a audiência. “Os servidores da segurança pública não vão aceitar passivamente, calados. Haverá uma reação”, sinalizou o deputado estadual.

Mais cedo, o líder de governo, Gustavo Valadares (PMN), afirmou que a postura de Rodrigues o pegou de surpresa. “Era uma reunião apenas entre o governo e os deputados. Ele (Sargento Rodrigues) se precipitou”, avaliou Valadares, confirmando que o governo de Minas estuda, de fato, oferecer um reajuste de 5,8% para o funcionalismo. “É o que o governo hoje tem condições de oferecer”, acrescentou. O percentual corresponde ao IPCA acumulado entre março, quando a recomposição geral de 10,06% foi concedida, e dezembro de 2022.

A reportagem questionou o governo de Minas Gerais a respeito das declarações de Rodrigues. Tão logo seja respondida, o posicionamento será acrescentado na matéria.

Fonte: O Tempo

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