Ex-prefeito Anderson Adauto liderou comitiva que se reuniu com representantes do governo argentino e empresários daquele país (Foto/Divulgação)
Gás argentino deve suprir novos empreendimentos projetados para a região de Uberaba. Após reuniões com empresas do setor privado e representantes governamentais do país vizinho, a comitiva brasileira foi informada que a perspectiva é o fornecimento de, no mínimo, 11 milhões de metros cúbicos de gás para o Brasil em 2027.
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À frente da Coalizão pela Competitividade do Gás Natural, o ex-prefeito Anderson Adauto afirmou que os produtores de gás natural da Argentina querem aumentar a produção e monetizar as reservas, enquanto o governo do país vizinho assegurou que busca resolver os problemas de infraestrutura a curto prazo para o fornecimento de gás ao Brasil. “O governo argentino colocou, com clareza, a prioridade para que possam resolver os gargalos que existem na infraestrutura para que em 2027 possam mandar, no mínimo, em torno de 11 milhões de metros cúbicos de gás para o Brasil”, disse.
Segundo AA, as perspectivas são positivas, porque a projeção é que as fábricas em estudo para a região de Uberaba levariam em torno de três anos para serem concretizadas. “Vamos precisar do gás quando nossas fábricas estiverem prontas e isso levará algo em torno de três anos. Se nos arrancarmos agora, as fábricas poderiam ficar prontas em 2027 e teriam o gás [da Argentina]”, salientou.
AA explica que a proposta é que o gás para suprir a demanda do Triângulo Mineiro chegaria ao Brasil a partir do ramal que passa pela Bolívia e se conecta até o polo de Paulínia. Para o transporte do gás até o interior de Minas, o ex-prefeito salientou que as tratativas estão avançadas para que um duto seja construído pela TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A.).
Integrante da comitiva que esteve na Argentina, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rui Ramos, salientou que reuniões durante a viagem foram produtivas. “Eles têm todo interesse e condição de abastecer o Brasil e Uberaba. O mais importante que percebemos é que conseguem trazer o gás com um preço viável para as indústrias do Triângulo Mineiro. Logicamente, temos que superar alguns desafios”, pontuou.