Considerando números absolutos, os bairros Santa Marta, Parque São Geraldo, Jardim Maracanã, Residencial 2000 e São Benedito são os que registraram maior número de imóveis com focos do mosquito
Aedes aegypti, o mosquito da dengue (Foto/Ilustrativa/Fiocruz)
Uberaba registrou infestação predial de 6,7% no primeiro Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2024. O resultado aponta risco de surto de dengue, conforme os parâmetros do Ministério da Saúde. Os dados foram repassados pelo diretor de Vigilância em Saúde, Matheus Assumpção, em entrevista à Rádio JM nesta segunda-feira (22).
Assumpção ainda informou que Santa Marta, Parque São Geraldo, Jardim Maracanã, Residencial 2000 e São Benedito foram os cinco bairros com o maior número absoluto de imóveis com a presença do Aedes aegypti. As larvas do mosquito foram encontradas em mais de dez imóveis.
Já nos bairros Alfredo Freire, Abadia e São Vicente, a presença do Aedes foi identificada em dez imóveis, em cada um. No Parque das Américas, Vila Planalto e Costa Teles, a incidência do mosquito foi verificada em nove imóveis pesquisados.
Nos bairros Vila Olímpica, Leblon, Parque das Gameleiras, Jardim Manhattan, Vila Militar, Ilha Bela, Mercês, Nossa Senhora Aparecida, Cássio Resende, Residencial Morumbi, Parque dos Girassóis 2, Vila Celeste, Jardim Uberaba, Bairro Olinda, Vila Raquel, Santa Maria, São Cristóvão, Residencial Rio de Janeiro, Portal do Sol, Fabrício, Alfredo Freire III, Jardim Copacabana, Novo Horizonte, Cidade Jardim, Morada das Fontes, Costa Teles I, Jardim Aroeiras, Jardim Alvorada, Estados Unidos, Jardim Indianópolis, Vila Craide e Vila Presidente Vargas, o número absoluto de imóveis com a presença do mosquito variou entre oito e cinco.
O diretor de Vigilância em Saúde posicionou que o resultado do levantamento direcionará as ações de combate ao mosquito em Uberaba pelos próximos três meses. Segundo ele, os mutirões de limpeza deverão priorizar, a partir de agora, os bairros com maior índice de proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e febre chinkungunya.
Apesar de ressaltar que o índice representa alto risco de proliferação do mosquito, o diretor de Vigilância em Saúde ponderou que o resultado do começo deste ano foi melhor do que o verificado em janeiro de 2023, quando o índice foi de 8,4%. “O trabalho da Zoonoses se demonstrou eficaz. Aumentamos o nosso efetivo de agentes na rua e conseguimos reduzir em praticamente dois pontos percentuais de janeiro de 2023 para janeiro de 2024”, salientou.
No entanto, Assumpção argumentou que também é necessário o engajamento da população para evitar a proliferação do mosquito, pois os principais criadouros encontrados na cidade ainda são os vasos de plantas, bebedouros de animais e outros depósitos móveis de água nos quintais das residências. O lixo e outros resíduos sólidos aparecem em segundo lugar.