(Foto: Reprodução Facebook)
A Escola Municipal Prof. Anísio Teixeira, no Jardim Triângulo, foi uma das 11 unidades contempladas, em Uberaba, pela entrega de 1.726 chips de internet banda larga móvel no fim de novembro. A ação faz parte do programa Internet Brasil, iniciativa do Ministério das Comunicações, do Ministério da Educação (MEC), com execução da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que prevê ampliar a conectividade para 700 mil estudantes de escolas públicas inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
Para Pedro Lucas Araújo, diretor do Departamento de Investimento e Inovação da Secretaria de Telecomunicações do MCom, os resultados da fase inicial de distribuição dos chips garantem a expansão do programa. “Nossa intenção é crescer rápido, e tínhamos que ter certeza de que conseguiríamos entregar muitos chips com velocidade”, explicou. “O evento em Uberaba é o último teste de distribuição massiva e conclui a etapa de Prova de Conceito, projeto-piloto do programa. Isso significa que agora temos os insumos, a informação e a experiência necessária para ampliar o Internet Brasil a partir do ano que vem”, comemorou.
De acordo com a Secretaria de Educação (Semed), o programa Internet Brasil prevê que os estudantes tenham acesso, de forma gratuita, a um chip com até 20 GB mensais em dados móveis de internet. O aparelho celular deve ser disponibilizado pelas famílias, assim como o controle do acesso à internet também deve ser feito pelos pais, que assinam um termo de responsabilidade e autorização para entrega do chip pelas escolas. A iniciativa é ampliar a inclusão digital no país e vem de encontro às pesquisas que apontam que boa parte da população já tem acesso a aparelhos telefônicos, mas com dificuldade no acesso amplo à internet.
O secretário de Educação, Celso Neto, contou que, não por acaso, entre os alunos beneficiados, muitos terão internet disponível no dia a dia pela primeira vez, e explicou que as unidades escolares participam do processo como pontos de apoio. “Desde as primeiras entregas, em outras unidades, demos início a palestras, com a equipe do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (Detic), sobre cyberbullying, cuidados e segurança na internet. Os chips são entregues aos alunos, mas o propósito é que eles possam ser o vetor de inclusão digital da família”.
“Ter essa internet grátis facilita bastante, pois não temos condições de pagar todo mês. Estou desempregada e tenho internet bastante limitada”, afirma Veridiane Alves de Paula, 35, mãe de Lucas Gabriel, 12, beneficiado pelo programa. “Isso vai me ajudar a estudar”, contou o aluno. Francisco, 12, esperava pelo chip ao lado da mãe, Sandra Costa, 48. “Já tive um trabalho da escola em que eu tinha que fazer pesquisas na internet e ficou difícil”, contou o menino. "Ele gosta muito de matemática e ciências, e é muito curioso para aprender. Hoje temos internet, mas é muito pouca”, contou Sandra.
Segundo a diretora Edna Chimango, atualmente todas as salas de aula já têm grupos de WhatsApp. “Às vezes, o único contato com as famílias é pela internet, porque muitos não têm créditos para ligações. O chip vai permitir maior contato, fora a ampliação na aprendizagem”, afirmou ela, que vê outras dificuldades a serem superadas. Nossos alunos vêm de uma realidade muito vulnerável. Recebendo esses chips e tendo oportunidade de acesso, há uma ampliação do conhecimento”, completou a vice-diretora e professora Camilla Bosco.