A previsão de investimento na unidade de geração de energia a partir do gás natural é de dois bilhões de dólares, além de viabilizar a chegada do gasoduto no município
O ex-prefeito Anderson Adauto revelou a informação ao presidente da Câmara Municipal, Fernando Mendes, em reunião nesta segunda-feira (Foto/Divulgação)
Investidores devem desembarcar em Uberaba em fevereiro para apresentarem os detalhes referentes ao projeto para implantação de uma usina termoelétrica no município. A previsão foi revelada nesta segunda-feira (30), durante reunião entre o ex-prefeito Anderson Adauto (PCdoB) e o presidente da Câmara Municipal, Fernando Mendes (MDB).
O projeto está em desenvolvimento desde o ano passado, porém o nome do grupo empresarial à frente do empreendimento ainda não foi divulgado. No encontro, Anderson ressaltou que as tratativas estão avançadas e o anúncio oficial dos investidores deve ser feito dentro de 15 dias, juntamente com os detalhes sobre o local para instalação e capacidade prevista da planta.
Por enquanto, AA declarou que somente poderia ser antecipado o montante estimado para a implantação da unidade e declarou que o investimento total em Uberaba deve girar em torno de dois bilhões de dólares.
Apesar do avanço das articulações, o ex-prefeito ressaltou que a concretização do projeto ainda dependerá da abertura de leilão para contratar energia de usinas termelétricas movidas a gás natural. Segundo ele, até o momento, não há data prevista para a realização do processo pelo governo federal, pois a nova equipe do Ministério de Minas e Energia está analisando os critérios utilizados pela gestão anterior.
Adauto posicionou que, enquanto espera a abertura do leilão, o grupo investidor está acertando os últimos pontos do projeto para avançar com o processo de licenciamento ambiental da térmica. “O Governo deve lançar em breve o leilão e os empresários querem estar prontos para participarem e arrematarem a concessão. A hora que vier o leilão, eles pretendem estar com o licenciamento, se não pronto, em fase muito adiantada”, disse.
AA salientou que a instalação de uma usina termelétrica já era defendida no passado como outra forma para viabilizar a implantação do gasoduto até o Triângulo Mineiro e a concretização da térmica fortalecerá as articulações para a retomada do projeto do duto e da planta de amônia em Uberaba. Um grupo de trabalho, com a participação de entidades, empresas e técnicos do setor, foi organizado para tratar sobre os dois empreendimentos.
Primeiro passo. A possibilidade de instalação de uma usina termoelétrica em Uberaba começou a partir da aprovação da Medida Provisória (MP) da privatização da Eletrobras no ano passado. O texto estabeleceu a contratação de 6GW termoelétricos em determinadas regiões do país, por meio dos novos leilões de reserva de capacidade. O Triângulo Mineiro está entre as localidades incluídas na lista.
Em setembro deste ano, o primeiro leilão foi realizado pelo governo federal para contratar energia de usinas termelétricas movidas a gás natural. O Triângulo Mineiro não estava previsto nesse edital.
No primeiro leilão, foram oferecidos 729MW por três usinas termelétricas, todas a serem construídas na região Norte. O início do fornecimento será em 31 de dezembro de 2026 e o prazo de contrato será de 15 anos. O gás natural que será utilizado para a produção é de origem Amazônica.
Era esperada a contratação de 2GW de energia este ano. Porém, não houve oferta para instalar termelétricas no Nordeste do Maranhão e no Nordeste do Piauí.