Kalil tenta viabilizar candidatura ao Governo de Minas

O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, continua se movimentando nos bastidores e se articulando para organizar seu futuro político. É praticamente certo que Kalil vai concorrer nas eleições em 2026. O que não está definido ainda é o cargo a ser pleiteado pelo político do PSD. A maior possibilidade era que Kalil seria candidato a uma cadeira no Senado Federal - nas eleições de 2026 serão duas vagas em disputa - mas as últimas movimentações do ex-comandante da prefeitura da capital mineira dão sinais de que ele pode alçar voos mais altos. 

As conversas de bastidores, tanto em BH quanto em Brasília, indicam que Alexandre Kalil vai apresentar, novamente, seu nome para o governo do Estado. Ano passado, ele teve 3.805.182 votos, o que representa 35,08% do total, e foi derrotado no primeiro turno pelo governador Romeu Zema, que foi reeleito. O expressivo número de votos, apesar de insuficiente para o sucesso na eleição, não pode ser desprezado e é exatamente o que Kalil vem dizendo a interlocutores.

Semana passada, na capital federal, Kalil se reuniu com o senador Carlos Viana (Podemos), que deve ser candidato a prefeito de Belo Horizonte ano que vem. É claro que as conversas ainda estão em fase embrionária porque se Viana não for eleito prefeito, vai tentar a reeleição no Senado, dois anos depois. O jornalista mudou de partido porque não teria espaço em sua legenda antiga, o PL, já que os liberais terão o deputado estadual Bruno Engler como cabeça de chapa em 2024.

O almoço de hoje de Alexandre Kalil foi diferente. Ele se encontrou, em uma churrascaria da zona sul de Belo Horizonte, com Luiz Dulci, dirigente do PT e diretor do Instituto Lula. Na viagem de semana passada à capital federal, Kalil não esteve com o presidente Lula (PT), mas o encontro com Dulci mostra que o ex-prefeito de BH não está tão distante assim do PT como parecia.

O certo é que só nos próximos meses um quadro mais claro estará desenhado não só em relação ao futuro de Alexandre Kalil, como também de outras figuras importantes no quadro político de Belo Horizonte e de Minas Gerais. As peças do tabuleiro ainda devem se mover muito até as definições dos nomes dos candidatos dos dois próximos pleitos.

Fonte: O Tempo