Mesmo sem repasse para a pediatria, Prefeitura ameaça multar Funepu

Funepu pode ser penalizada com multa por deixar parceria na gestão do Hospital Regional. Em entrevista à Rádio JM nesta segunda-feira (15), a coordenadora administrativa e contábil da fundação, Keila Cristina Telles Furtado, revelou que a possível sanção foi comunicada pela Prefeitura após a entidade informar que não prestaria mais serviços na unidade.

Até então, a Funepu tinha parceria com a Sociedade Educacional Uberabense/Uniube para a gestão do HR. A fundação é responsável por fornecer toda a equipe médica que atua no estabelecimento, o que corresponde a um quadro de 295 profissionais.

No entanto, a entidade emitiu nota na quinta-feira (11) e comunicou que a participação seria encerrada e a equipe não prestaria mais serviços no Hospital Regional.

De acordo com a coordenadora, após ser notificada da decisão, a Prefeitura enviou resposta via ofício. “Nos responderam que não pode [adotar essa medida] e, para sair, antes tem que pagar uma multa. Agora o nosso jurídico está analisando o documento”, disse.

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Com impasse no acerto das UPAs, Funepu deixa o Hospital Regional

Apesar da possível sanção, a presidente da Funepu, Jesislei Rocha, posicionou que a entidade não deverá voltar atrás na decisão de encerrar a parceria referente à gestão do HR.

A dirigente argumentou que, desde o início do atendimento do pronto-socorro infantil no Hospital Regional, não houve ainda incremento nos repasses para o custeio do serviço. Desta forma, o pagamento dos pediatras está sendo efetuado com recursos de reserva técnica criada para a quitação das futuras despesas previstas no fim do contrato, pois a medida era permitida no convênio específico do HR.

No entanto, as representantes da Funepu posicionaram que agora a reserva tem verba suficiente apenas para cobrir um mês e meio de serviço. Para evitar o mesmo entrave ocorrido nas UPAs, os recursos serão direcionados para quitar as futuras rescisões trabalhistas dos profissionais mantidos pela Funepu no Hospital Regional. Com isso, não haveria condições mais de manter a atual parceria de gestão da unidade sem os repasses para custeio do pronto atendimento infantil.