Daniela Carneiro, ministra do Turismo, é alvo de nova polêmica com gastos feitos na campanha eleitoral (Foto/José Cruz/Agência Brasil)
Já envolta em polêmicas desde que sugiram imagens de suspeitos de integrarem milícias em meio à sua campanha eleitoral, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União-RJ), é agora acusada de gastar R$ 1,09 milhão em gráficas cujos endereços declarados à Receita Federal não condizem com os reais e que são ligadas a um antigo aliado. A revelação foi feita pela coluna do jornalista Guilherme Amado, do portal "Metrópoles", que aponta que as empresas pertencem a um ex-assessor da Prefeitura de Belford Roxo, que é governada por Waguinho, marido de Daniela. No local, a reportagem da coluna encontrou apenas um coworking e um frigorífico de carnes, o que levantou a suspeita de as gráficas serem fantasmas. A assessoria da ministra nega.
Durante a campanha, Daniela Carneiro gastou R$ 561 mil do fundo eleitoral na Rubra Editora Gráfica Ltda e R$ 530 mil na Printing Mídia Ltda. As duas empresas são de Filipe de Souza Pegado, ex-assessor no setor de contratos e convênios da Secretaria Municipal de Educação de Belford Roxo. Ele ocupou o cargo em 2021, quando Waguinho já era o prefeito.
As mesmas editoras também prestaram serviços à própria prefeitura, quando Daniela era secretária de Assistência Social e Cidadania do município. O Ministério Público do Rio de Janeiro tentou, inclusive, barrar a contratação da empresa, em razão desse conflito de interesses. Contudo, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro arquivou o processo.
Após a publicação da reportagem, a assessoria da ministra enviou ao colunista o endereço do parque gráfico onde o material teria sido retirado, em Olaria, outro bairro do Rio. Esse endereço, contudo, não está declarado à Receita Federal pelas duas empresas.
Fonte: O Tempo