Ministro de Lula defende o fim do clima de revanchismo eleitoral

Com a presença de lideranças políticas de lados políticos opostos no palanque oficial da abertura da Safra Mineira de Açúcar e Álcool, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), discursou a empresários do setor rural e defendeu o fim do clima de revanchismo do período eleitoral.

Em mais uma tentativa de aproximação com o setor depois de embates ao longo do ano passado, Fávaro abriu o pronunciamento declarando ter sido enviado para entregar uma mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e declarou que o governo está empenhado em trabalhar para o avanço do agronegócio brasileiro. “As eleições acabaram. É hora de trabalhar e dar resultado. O que interessa para nós é o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Por isso, fizemos o maior plano safra da história”, disse.

Na fala, o ministro ainda mencionou que o governo atuou de forma intensiva para abertura de novos mercados ao agronegócio brasileiro diante da queda no preço das commodities. “No momento de preços de commodities achatados, [nós] nos dedicamos intensivamente a abrir mercados e gerar oportunidades. São mais de 100 países nos últimos 15 meses, além de 50 países que não tínhamos relações comerciais”, afirmou, também citando as linhas de crédito disponibilizadas ao setor.

O discurso de unidade também foi observado nas palavras do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que cumprimentou o anfitrião do evento, Carlos Eduardo Turchetto Santos, pela liderança ao incluir no mesmo palanque cinco nomes que atuaram no Ministério da Agricultura em diferentes gestões.

Além do ministro do governo Lula, foram chamados para o palanque oficial Tereza Cristina (PP) e Marcos Montes (PSD), que capitanearam a pasta na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); Blairo Maggi, que encabeçou o Ministério no governo de Michel Temer (MDB), e Antônio Cabrera, que foi o titular da Agricultura no governo Collor. (GB)