REPERCUSSÃO NEGATIVA

Ministro do Trabalho volta atrás sobre acabar com saque-aniversário do FGTS

Após repercussão negativa, Luiz Marinho afirmou que o assunto "será objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e com as centrais sindicais”

O Tempo
Publicado em 05/01/2023 às 19:02
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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou atrás e declarou, em suas redes sociais, nesta quinta-feira (5) que “a manutenção ou não do saque-aniversário do FGTS será objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e com as centrais sindicais”. 

“A nossa preocupação é com a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em caso de demissão e com a preservação da sua poupança”, escreveu.  

A postagem ocorre um dia após a repercussão negativa da entrevista do ministro ao jornal O Globo, em que ele alegou que pretendia acabar com o saque-aniversário do FGTS.  

O benefício é uma opção de um recurso extra anual para 28,6 milhões de trabalhadores que aderiram à modalidade, segundo dados de dezembro. Este contingente saca, em média, R$ 12 bilhões por ano. Desde que foi criado, o saque-aniversário retirou quase R$ 34 bilhões do fundo. 

O saque-aniversário permite ao trabalhador extrair parte do FGTS durante um período do ano. O valor que pode ser retirado varia de 5% a 50% do montante, acrescido de uma parcela adicional também atrelada ao saldo na conta do trabalhador. O valor fica disponível no primeiro dia útil do mês de aniversário do trabalhador e pode ser sacado até três meses depois, ou seja, até o último dia útil do segundo mês após o aniversário. 

O recuo da fala do ministro ocorre as vésperas da reunião ministerial entre o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os 37 ministros. Nos bastidores, a reunião é vista como um alinhamento de 'discursos'. 

Nesta semana, o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), chegou a declarar, em seu discurso de posse, que não acreditava no déficit da previdência. Porém, foi desautorizado pelo seu colega, o ministro da Casa Civil Rui Costa (PT-BA), que afirmou que o governo não estuda nenhuma proposta de reforma previdenciária. 

Fonte: O Tempo

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