(Foto/Divulgação)
A Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) emitiu nota nessa quinta-feira (9) sobre a grave crise hídrica que atinge o município de Uberaba, comprometendo também o abastecimento de água em suas unidades.
Na nota, a instituição alega que tem enfrentado falhas e instabilidade no fornecimento de água, o que afeta o funcionamento de laboratórios, banheiros, cozinhas, refeitórios e setores administrativos, além de restringir atividades que dependem de uso contínuo desse recurso essencial.
“A Universidade reafirma seu compromisso com a continuidade das atividades essenciais, com a segurança e o bem-estar de sua comunidade e com a gestão responsável dos recursos naturais. A instituição segue acompanhando atentamente a evolução do cenário e informará novas medidas caso sejam necessárias”, destaca o texto.
A UFTM destacou que o rio Uberaba, principal manancial da cidade, registra vazão crítica, levando à antecipação do fechamento dos reservatórios e à falta de água em diversos bairros. Essa situação foi reconhecida pela Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) e é agravada pela ausência de chuvas significativas na região. Além disso, a Prefeitura decretou Situação de Emergência de desabastecimento de água em Uberaba por 30 dias, podendo ser prorrogada enquanto persistir o risco.
Nessa quinta-feira (9), todos os reservatórios foram fechados às 11 horas. O índice de armazenamento estava próximo de 20%, o que determina o “Fechamento Total Emergencial”, segundo o Plano de Contingenciamento da Seca. Nesta manobra, a suspensão acontece por 12 horas e o retorno se deu às 23 horas.
A Codau alerta que as manobras emergenciais estão acontecendo com frequência, diante da baixa vazão do rio Uberaba registrada nos últimos dias, o que dificulta a recuperação dos reservatórios.
Ontem pela manhã, a vazão estava em torno de mil litros por segundo, índice considerado abaixo do necessário para o abastecimento da cidade, que é de, no mínimo, 1.200 litros por segundo. A falta de chuvas recentes também prejudica a recuperação do rio. (ML)