ÚLTIMO PRONUNCIAMENTO

"O Brasil não vai se acabar em 1º de janeiro", diz Bolsonaro

Ele deu as declarações por meio das redes sociais, em uma transmissão ao vivo feita do Palácio da Alvorada, onde se manteve recluso desde a derrota nas urnas, em 30 de outubro

O Tempo
Publicado em 30/12/2022 às 11:22Atualizado em 30/12/2022 às 11:23
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Jair Bolsonaro (Foto Alan Santos/PR)

Jair Bolsonaro (Foto Alan Santos/PR)

Em live publicada em suas redes sociais nesta sexta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a seus apoiadores que eles não podem achar que o mundo vai acabar a partir de 1º de janeiro e que 'não tem tudo ou nada'. Na transmissão, ele insistiu que seu grupo tem que respeitar as leis.

"Quem acredita em Deus sabe que tudo é possível. Não vamos achar que o mundo vai acabar no dia 1º de janeiro, que vamos pro tudo ou nada. Não. Não tem tudo ou nada. Inteligência. Vamos mostrar que somos, e somos, diferentes do outro lado. Nós respeitamos as normas, as leis, a Constituição. Nós sabemos dar valor à liberdade que eles têm. Que se o outro lado aqui tivesse do outro lado, essa liberdade já teria ido embora há muito tempo", afirmou Bolsonaro.

Ele ainda afirmou que "não está perdido" e que a grande maioria do país tem o entendimento dos problemas do país. "O Brasil não vai se acabar em 1º de janeiro", disse Bolsonaro, afirmando que o Parlamento é mais de direita na próxima legislatura.

Em alguns momentos da live, Bolsonaro se referiu ao dia da posse de Lula de maneira diferente e dúbia. Ora se referiu como “o governo eleito”, em outro momento chegou a dizer “esse governo que está previsto para assumir o governo no dia 1º”. “Não é por causa disso que vamos jogar a toalha, deixar de fazer oposição”.

Fonte: O Tempo

Bolsonaro defende manifestações, ataca Judiciário, mas repudia atentados

O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu publicamente nesta sexta-feira (30) as manifestações contrárias à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a favor da intervenção militar. Ele disse que elas são "espontâneas" e “legítimas”, mas fez questão de ressaltar que não participou diretamente das manifestações “para não tumultuar mais ainda” e que “em nenhum momento”, não foi procurado “para fazer nada de errado”.

Em recado a apoiadores acampados nos arredores de quartéis, Bolsonaro disse que "as imagens ficarão para história" e que todos têm direito de reagir contra tudo, como "a volta ao passado". Ele falou sobre os atos após citar a possível presença de líderes de esquerda na América Latina no dia da posse de Lula. “Não é bom isso, ai”, disse, ao mencionar Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, e Gabriel Boric, do Chile.

Ele deu as declarações por meio das redes sociais, em uma transmissão ao vivo feita do Palácio da Alvorada, onde se manteve recluso desde a derrota nas urnas, em 30 de outubro. Este foi o último pronunciamento oficial dele em seu mandato, que termina neste sábado (31). 

Ao começar a transmissão ao vivo, no entanto, afirmou que era a “última live do ano” e que a intenção era “prestar contas e mostrar o atual momento político do Brasil”. Em seguida, em determinados momentos, falou em “novo governo”, referindo-se, sem citar nomes e em tom de crítica, a medidas já anunciadas pela equipe de Lula. 

Bolsonaro condena atetados terroristas em Brasília

Ao mesmo tempo em que defendeu as manifestações contrárias ao resultado das eleições presidenciais, que deram vitória a Lula, ele condenou o atentado terrorista perto do Aeroporto de Brasília. “Nada justifica a tentativa de ato terrorista que teve aqui em Brasília”, afirmou. Em seguida, criticou a imprensa por dizer, em reportagens, que os autores do ato são “bolsonaristas”. 

O empresário de 54 anos preso no sábado (24) confessou participar do plano terrorista e ser apoiador do presidente. Também apontou outros apoiadores de Bolsonaro como integrantes de um grupo que participou desse ato e planejava outros atentados para provocar a decretação de estado de sítio e uma intervenção miltar, o que impediria a posse de Lula em 1º de janeiro.

Ao falar sobre as manifestações contrárias ao resultado das eleições, Bolsonaro defendeu a liberdade de expressão e citou o artigo 220 da Constituição Federal para justificar a sua posição. E, de maneira velada, fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que emitiu ordens de prisão contra. “Nossas liberdades estão sendo tolhidas. As pessoas estão com medo de mensagem no whatsapp”, afirmou.

Ele não economizou nas críticas ao judiciário e à imprensa. “Praticamente toda a imprensa batendo na gente, medidas judiciais, mas vencemos esses quatro anos com saldo positivo”, afirmou.

Como medidas dos seus feitos para o mercado financeiro, o presidente citou a privatização da Eletrobras, dos Correios e o que chamou de “correção do caixa” da Embratur. Além disso, destacou a “liberdade econômica” com a desburocratização para que empreendedores possam abrir seus negócios.

Assessores vão acompanhar o presidente em Miami

O Diário Oficial da União desta sexta traz a autorização de viagem para Miami, nos Estados Unidos, de escolhidos para assessorar Bolsonaro a partir de 1º de janeiro. Os auxiliares devem embarcar nessa data e ficar ao menos 30 dias fora do país. 

Fonte: O Tempo

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