Os deputados estaduais de oposição ao governador Romeu Zema (Novo) se negaram a registrar presença e a reunião desta quarta-feira (6) acabou cancelada na Assembleia Legislativa de Minas por falta de quórum mínimo para início dos trabalhos. Os parlamentares querem forçar que o governo negocie vetos aplicados a projetos aprovados pela Casa.
Entre as prioridades da oposição está a derrubada do veto de Zema ao projeto que isenta motoristas de pagar o mesmo pedágio duas vezes no mesmo dia em rodovias administradas pelo governo mineiro. De acordo com o texto, condutores que já tenham pagado a taxa uma vez e retornem para o destino de origem até às 22h do mesmo dia ficam isentos da contribuição.
A proposta, apresentada pelo deputado Marquinhos Lemos (PT), foi aprovada por unanimidade pelos parlamentares em setembro de 2023, mas acabou vetada pelo governador com o argumento de que coloca em risco o equilíbrio econômico das concessionárias.
Líder da oposição na Assembleia, o deputado Ulysses Gomes (PT) afirmou que a bancada está fazendo um trabalho de obstrução da pauta para que o Executivo cumpra acordos firmados com os parlamentares. “São vetos que, na nossa compreensão, não tem um entendimento, haja vista a votação dos projetos à época, votados por unanimidade, com acordos nesta Casa e que o governo participa desses acordos e, em seguida, veta sem dar justificativa e descumprindo aquilo que havia sido comprometido durante a votação”, disse.
Já o líder do governo, deputado João Magalhães (MDB) argumentou que desconhece qualquer descumprimento de acordos e atribuiu a falta de quórum aos encontros que estão acontecendo entre os deputados mineiros e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). “Mas nós não temos nenhuma prioridade em votar veto. Não temos nenhuma matéria prioritária para o governo para ser votada. Vamos aguardar a próxima semana e tentar votar novamente”, disse.
Magalhães ainda posicionou que o governo vai trabalhar para manter o veto de Zema à proposta referente à isenção da cobrança de pedágio. "Se esse veto for derrubado, vai inviabilizar a concessão de estradas estaduais de Minas Gerais", afirma.