Em visita a Uberaba nesta segunda-feira (27), o parlamentar concedeu entrevista à Rádio JM e defendeu que a direita precisa apresentar alternativas ao ex-presidente Jair Bolsonaro
Viana declarou que considera Zema um bom nome para ser avaliado (Foto/Gil Leonardi/Novo)
Apesar de adversário de Romeu Zema (Novo) na eleição para o Governo de Minas em 2022, o senador Carlos Viana (Pode) classificou o atual governador mineiro como um bom nome para a corrida presidencial em 2026. Em visita a Uberaba nesta segunda-feira (27), o parlamentar concedeu entrevista à Rádio JM e defendeu que a direita precisa apresentar alternativas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para o senador, o grupo da direita precisa se organizar para apresentar lideranças que tenham sensibilidade para tratar políticas sociais no país, pois existe uma parcela da população do Brasil que ainda sofre por conta da desigualdade.
Questionado se o governador mineiro poderia ser uma opção para representar o grupo na próxima eleição, Viana declarou que considera Zema um bom nome para ser avaliado, assim como o governador de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio Freitas (PL). “Vamos avaliar o que virá pela frente. Temos quatro anos”, disse.
Se confirmadas as especulações em torno da candidatura de Zema à Presidência, o senador ainda manifestou que não teria qualquer obstáculo em manifestar apoio ao mineiro. “Se é para a gente trazer um governo de direita equilibrado, não tenho dificuldade nenhuma em apoiar”, disse, ressaltando na entrevista que a disputa em torno do Governo de Minas já acabou e o momento é de olhar para frente.
Sobre a possibilidade da volta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio do Planalto, Viana foi taxativo: “Só [apoiaria] se for contra o Lula. Aí não tem jeito”. Entretanto, o senador repetiu que a expectativa é que o grupo trabalhe para apresentar novas opções ao eleitorado. “Espero que em 2026, no Brasil, tenhamos novos nomes para disputar a Presidência da República, com mais altivez e mais liderança. A direita precisa se repensar”, acrescentou.
O parlamentar também falou sobre o estremecimento na relação com Bolsonaro após a eleição do ano passado e posicionou que os acenos do ex-presidente a Zema ainda no primeiro turno do pleito acabaram enterrando a candidatura própria do PL ao Governo de Minas. Viana inclusive citou o embaraço na abertura da Expozebu em 2022, quando Bolsonaro saudou o público de mãos dadas com o governador e deixou Viana em segundo plano no evento. "Cumpri com Bolsonaro tudo que acordei. Ele não cumpriu comigo", encerrou.