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A anunciada paralisação de 24 horas do funcionamento do Hospital da Criança, nesta quarta-feira (16), foi alvo de representação na esfera judicial. Grupo formado por ativistas, conselheiros e profissionais da área da saúde protocolou nos Ministérios Públicos do Trabalho, Federal e de Minas Gerais documento solicitando ações dos órgãos para conter o movimento de suspensão.
No texto, os responsáveis alegam que, com a paralisação, "deixará de ser prestada assistência em saúde, como prevê o contrato firmado pela instituição junto à Secretaria de Saúde" e que o movimento "colocará em risco a vida e a saúde dos usuários do Hospital, formados por crianças, em sua grande parte, filhos de trabalhadores da cidade". Eles apontam que as justificativas para interrupção dos trabalhos são "problemas de gestão que podem ser resolvidos".
Para sanar o problema, o documento aponta que deve ser feito uma negociação para a valorização dos trabalhadores, enfrentar os motivos que podem estar gerando agressividade e desrespeito por usuários e que fossem revistas as estratégias de gestão para evitar a desmotivação dos funcionários.
"Diante de todo o exposto, solicitamos à Vossa Excelência que sejam adotadas todas as medidas para evitar essa 'greve patronal', que somente irá trazer prejuízos assistencial e financeiro a toda população não só de Uberaba, mas de toda a região do Triângulo Sul, infringindo as normas que regem sistema SUS (vide os artigos 196 a 200 da Constituição Federal e artigos 24, 25 e 26 da Lei 8080/90)", diz o texto.
A paralisação continua marcada para ter início no primeiro minuto de quarta-feira (16), mas a organização reforça que não haverá omissão de socorro, e os atendimentos de urgência/emergência não serão afetados.
A Prefeitura de Uberaba anunciou que o atendimento no Ambulatório Milton Toubes será exclusivo à pediatria, durante todo o dia na quarta, contando com reforço de médicos da rede municipal. Ficou acordado também que, a partir deste dia, uma base da GCM será montada nas proximidades do hospital para garantir a segurança do trabalho dos colaboradores.
A decisão foi tomada em reunião onde estiveram presentes a prefeita de Uberaba Elisa Araújo, o presidente da Câmara Municipal, Ismar Marão, secretário de saúde, Sétimo Bóscolo, reitor da Universidade de Uberaba (Uniube), Marcelo Palmério, Diretor Administrativo do Hospital Regional José Alencar, Frederico Guglielmi Ramos, a diretora do Hospital da Criança, Ana Paula Bosi.