Em meio a reclamações de falta de água em escolas e suspensão de aulas, um novo estudo sobre a possibilidade de utilizar o rio Araguari para o abastecimento da cidade foi reivindicado ontem no plenário da Câmara Municipal.
A proposta foi defendida pelo vereador Samuel Pereira (PMB), que argumentou já existir levantamento que comprova a qualidade da água do rio Araguari e até aval do Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas).
O parlamentar salientou que já apresentou a sugestão em 2013 e, também, discutiu o assunto com o presidente anterior da Codau, José Waldir Sousa Filho, mas a ideia não foi aceita. Por isso, requer um novo olhar para a proposta. “Peço à nova gestão da Prefeitura e da Codau uma nova análise técnica dessa possibilidade”, manifestou.
Durante o pronunciamento em plenário, Samuel posicionou que a proposta é somar e o rio Araguari não descartaria os outros projetos já trabalhados pelo governo municipal, como a retomada da barragem da Prainha, construção de novos reservatórios, captação no rio Grande e a perfuração de mais poços artesianos. “Essa seria mais uma opção que dá certo. Seria mais um paliativo e mais um projeto para solucionar o problema da falta de água”, disse.
O parlamentar explicou que a transposição do rio Araguari seria feita implantando uma tubulação às margens da BR-262 para bombear a água por nove quilômetros até o ponto em que a água poderia descer em queda livre por mais seis quilômetros até a nascente do rio Uberaba, descendo pelo leito. Ele não citou qual seria o volume de recursos necessários para a construção do sistema.
O rio Araguari foi uma das alternativas analisadas pela empresa especializada contratada para identificar o caminho mais viável para segunda fonte de captação de água em Uberaba. O estudo apontou que o rio Grande teria o melhor custo-benefício para manutenção e investimento.
Segundo os dados coletados pela empresa, o custo para buscar água no rio Araguari seria em torno de R$460 milhões; no rio Grande, R$277 milhões, e no Aquífero Guarani, R$241 milhões.