Dando continuidade às tratativas em torno da implantação do gasoduto até Uberaba, potenciais investidores participaram de uma série de reuniões com equipe do governo federal em Brasília, na segunda (1º) e terça-feira (2). Além de representantes da BTG, que está à frente do projeto do duto, a agenda também contou com dirigentes das empresas envolvidas nos projetos para a implantação da planta de amônia, da usina termoelétrica e da fábrica de biocombustíveis em Uberaba.
Atuando na coalizão que busca viabilizar o gás, o ex-prefeito Anderson Adauto lembra que os três investimentos são âncora para viabilizar o gasoduto até o Triângulo Mineiro. Por isso, o objetivo da reunião foi levar os empresários à Casa Civil e ao Ministério de Minas e Energia para que o governo federal conhecesse os investidores e os projetos.
Segundo AA, agora a expectativa é para a publicação das resoluções com as diretrizes do programa Gás para Empregar para avaliação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O material deve ser lançado no dia 8 de abril pelo Ministério de Minas e Energia. “Se for aprovado o programa, será preciso um projeto-piloto e conseguimos provar que Uberaba é o melhor lugar para isso”, acrescentou.
Em paralelo, Anderson salientou que a situação será levada ao presidente Lula e podem ser tratadas eventuais isenções de impostos para os empreendimentos que fazem parte do projeto-piloto em Uberaba.
Presente à rodada de reuniões, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rui Ramos, participou da agenda, salientou que a perspectiva é a consolidação dos investimentos até 2027. “Junto às empresas interessadas em investir em Uberaba, apresentamos as perspectivas e dificuldades do projeto-piloto. Dialogamos sobre a opção de trazer o gás da Argentina, mas também não descartamos a possibilidade de viabilizar o projeto com o gás aqui do Brasil. Daremos prosseguimento às tratativas, com expectativa de que o projeto se concretize nos próximos 3 anos”, explicou.
Entre os participantes das reuniões em Brasília estavam os dirigentes da Yara Fertilizantes, que já tem acordo com a Petrobras para a implantação da fábrica de amônia, e também representantes da Be8 Energy, que encabeça o projeto da planta de biocombustíveis.