Valdemar Costa Neto deu a declaração em entrevista coletiva no Centro de Convenções do Brasil 21, na área central de Brasília
Um dia após pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a anulação de parte dos votos do segundo turno, o presidente nacional do PL, o partido de Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, declarou nesta quarta-feira (23) que "se há indícios de falhas, as urnas não podem ser consideradas". Ele ainda afirmou que o relatório da auditoria apresentado pela sigla na terça-feira (22) só menciona a segunda fase do pleito para "evitar tumulto".
"Em toda eleição não pode ter dúvidas sobre os votos. É preciso segurança. Por isso fizemos esse levantamento. Se isso for uma mancha na democracia, temos que resolver agora (...) não podemos ficar com o fantasma da eleição de 2022. Temos que solucionar isso. Pedir ao TSE que decida a questão. Não se trata de pedir outra eleição. A intenção é discutir a história do Brasil", declarou.
Na coletiva de imprensa, Valdemar ratificou os questionamentos sobre o sistema eleitoral brasileiro, que chancelou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o novo presidente do país, derrotando o atual chefe do Executivo. Também estiveram presentes parlamentares do PL, como o líder do partido na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes.
O pedido de anulação de votos apresentado na terça-feira (22) por Valdemar é baseado em um relatório técnico elaborado por uma auditoria do Instituto Voto Legal (IVL) que mostra “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento das urnas com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”.
Ainda na terça-feira (22), o presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deferiu o despacho dando 24h para o PL apresentar um relatório mais completo com a também análise do primeiro turno das eleições - o que não foi apresentado pelo partido nesta quarta-feira (23).
Bolsonaro volta a despachar após 20 dias recluso no Alvorada
O presidente Bolsonaro deixou o Palácio do Alvorada e seguiu para o Palácio do Planalto na manhã desta quarta (23). É a primeira vez em 20 dias que ele sai da residência oficial para despachar na sede da Presidência da República. Ao chegar no local de trabalho, porém, nada disse.
Na agenda oficial do presidente desta quarta-feira, consta apenas uma reunião com seu ex-ministro e senador eleito Rogério Marinho (PL-RN).
Com mandato a cumprir até 31 de dezembro, a última vez que Bolsonaro havia pisado no Palácio do Planalto foi em 3 de outubro, quando cumprimentou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), em ato fora da agenda oficial.
Fonte: OTEMPO