Presidente estadual do PL descarta apoio a Elisa, mas sem ser oposição

Candidatura própria a prefeito em Uberaba é um dever do PL para o presidente estadual da sigla, Domingos Sávio. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã este mês, o dirigente partidário reconheceu o apoio da prefeita Elisa Araújo (PSD) à campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição passada, mas descartou a possibilidade de o partido recuar quanto ao lançamento de Samir Cecílio (PL) para encabeçar chapa majoritária.

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Segundo o presidente do PL em Minas, a colocação de candidatura própria em uma cidade polo como Uberaba faz parte de um projeto para o fortalecimento do grupo de direita no Estado e no Brasil. “A gente entende que essa pré-candidatura é importante, primeiro, para Uberaba. Mas é muito importante para o futuro do Brasil. O PL está se organizando em toda Minas Gerais, com a consciência de que essas eleições municipais devem refletir uma alternativa boa para o município, mas que tenha compromisso com o futuro do Brasil. Ou a gente defende os princípios liberais da democracia, ou nós corremos risco de enveredar para o comunismo. E é isso que nós queremos evitar, fortalecendo o PL em todos os municípios”, disse. 

Afirmando ter total respeito à pessoa da prefeita Elisa Araújo, o dirigente estadual do PL ainda posicionou que o partido não pretende atuar como oposição. “Queremos uma candidatura que tenha compromissos com os princípios do PL. Samir Cecílio é um pré-candidato que representa claramente isso. Mas nós não pretendemos fazer campanha contra a Elisa. Nós queremos fazer campanha a favor de Uberaba, a favor dos nossos princípios, a favor dos nossos valores e acreditamos que é possível que outras pessoas, até outros partidos, compreendam que é hora de apoiar o PL, valorizando esses princípios e preparando para o futuro que é 2026”, salientou.

Para o governo de Minas, partido estuda construção de aliança com base de Zema

Com isso, Sávio defendeu que o objetivo do PL é trazer um nome competitivo para a sucessão do governador Romeu Zema (Novo). “O PL, seguramente, estará com candidatura nacional e uma candidatura ao governo estadual, que, no primeiro turno, defenda essa candidatura nacional”, declarou.

No entanto, a estratégia não precisa ser obrigatoriamente uma chapa “puro-sangue” em Minas Gerais. O presidente estadual do PL afirmou que não é descartada aliança com o próprio partido de Zema, desde que o compromisso seja para caminharem juntos desde o primeiro turno. “Você pode até ter aliança, mas que seja uma que suba no palanque no primeiro turno [...] Nós queremos caminhar junto com o governador Zema, mas não apenas num segundo turno. Agora, isso tem que ser construído de verdade. Para, em 2026, nós termos condição de ganhar eleição em Minas Gerais e, consequentemente, ganhar eleição no Brasil”, ponderou.

Quanto aos representantes do partido cotados para a sucessão no governo de Minas, o presidente do PL citou que o deputado Nicolas Ferreira já poderia ser candidato a governador e vem se consolidando como uma liderança preparada. No entanto, ele posicionou que os nomes estão sendo construídos e o processo de eleição municipal será uma oportunidade para consolidação.

Questionado em relação ao deputado Bruno Engler, o dirigente do PL Minas disse apenas que o projeto dele em andamento é com vistas à Prefeitura de Belo Horizonte.