Com o Voa Brasil, o ministério de Portos e Aeroportos estima aumentar em 5 milhões o número de usuários; três companhias aereas já aderiram ao programa
Segundo afirmou ao jornal O Globo, três companhias aéreas aderiram a iniciativa: Gol, Azul e Latam (Foto/Ilustrativa)
Um mês após bate-cabeça entre o ministério de Portos e Aeroportos e o Palácio do Planalto, o ministro Márcio França afirmou que o programa “Voa Brasil” do governo federal, que prevê passagens mais baratas para públicos específicos, será anunciado em agosto.
Segundo afirmou ao jornal O Globo, três companhias aéreas aderiram a iniciativa: Gol, Azul e Latam. O programa prevê passagens aéreas a R$200,00 para aposentados, funcionários públicos, estudantes e pessoas de baixa renda.
Após anunciar o “Voa Brasil” em março, Márcio França foi repreendido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em uma reunião ministerial. O petista chamou de “autor de genialidades” os ministros que fizeram anúncios antecipados de programas, sem antes terem alinhado com os ministérios da Casa Civil e da Fazenda.
O ministro de Portos e Aeroportos disse que após o puxão de orelha, a questão está pacificada dentro do Palácio do Planalto, e que o lançamento do Voa Brasil vai contar com a participação de Lula.
Com o programa, o objetivo do governo é aumentar o acesso do público ao transporte aéreo. Segundo Márcio França disse ao O Globo, apenas 10% da população tem condições de comprar passagens aéreas. E com o Voa Brasil, segundo calcula, o governo estima aumento de 5 milhões de novos passageiros.
“Temos 90 milhões de passagens por ano, uma das maiores (emissões) do mundo, mas só 10% dos CPFs voam. Vamos ajudar a resolver o problema no segundo semestre, com o programa de R$ 200 o trecho, ocupando a ociosidade (das aeronaves). Podemos ter 5 milhões de CPFs novos voando”, disse ao jornal.
As companhias aéreas, segundo a reportagem, confirmaram que vão aderir à iniciativa. Márcio França negou que o governo federal vai oferecer subsídios com recursos públicos. Tendo em vista que a média dos bilhetes no Brasil estão acima dos R$ 600,00, o ministro não explicou como a conta irá fechar.
Fonte: O Tempo