Projeto de construção do Hospital Regional não avança

Audiência realizada ontem, na Secretaria de Estado de Saúde, não avançou quanto à construção do Hospital Regional. De um lado, o prefeito Anderson Adauto (PMDB) declara, através da assessoria de imprensa, que o Estado só deu encaminhamento ao projeto agora. De outro, o deputado Fahim Sawan (PSDB) alega que a administração municipal não cumpriu a etapa de estudo exigida pela SES/MG.

Por meio da assessoria, o prefeito disse agradecer a garantia do secretário estadual de Saúde, Marcus Pestana, para liberação de R$ 10 milhões no orçamento de 2010, porém lembra que o compromisso inicial era destinar o dobro para o projeto.

Além disso, AA defende que a carta consulta foi protocolada em novembro do ano passado para a SES/MG e o projeto técnico estava pronto em abril, mas somente às vésperas do último ano de governo a Secretaria marcou a primeira reunião técnica e anunciou o valor para a obra.

Já o tucano Fahim Sawan contesta que esta foi a primeira visita da administração municipal à Secretaria Estadual de Saúde. Ele pondera ainda que somente agora Anderson procurou a SES para montar grupo responsável pela análise global da saúde em Uberaba e região, inclusive com estudos sobre números de Programas de Saúde da Família (PSFs) existentes e levantamento sobre a demanda de atendimento. “Há tempos eu avisei que isso era necessário. Agora ele realmente pôs a cabeça no lugar. Por imposição nada vai sair”, disse, salientando que não basta ter o projeto arquitetônico do hospital para liberar os recursos.

Fahim também destaca que a Gerência Regional de Saúde (GRS) em Uberaba é apenas recebedora das propostas e afirma que a Vigilância Sanitária do Estado ainda está examinando o projeto protocolado na regional. “Nada foi aprovado ainda e nem discutido com técnicos do Estado”, conclui.

Na audiência, o secretário Marcus Pestana informou que a primeira providência para consolidação do Hospital Regional, além de elaboração dos projetos estruturais, é discutir o modelo de gestão do estabelecimento, que deverá atender a casos de média complexidade. A criação de um grupo de estudos para discutir o funcionamento e a forma de gestão pública já foi oficializada através de portaria publicada no diário Oficial de Minas Gerais.