Dirigentes da TGBC estiveram em Uberaba e trataram sobre a proposta do gasoduto vindo de São Carlos com representantes do governo estadual e lideranças políticas da cidade
Encontro realizado no gabinete da prefeita Elisa Araújo teve a presença de integrantes da Gasmig e de investidores da área de termoelétrica, além do ex-prefeito Anderson Adauto (Foto/Divulgação/PMU)
Com retomada das articulações para trazer o gás até o Triângulo Mineiro, dirigentes da TGBC estiveram nesta terça-feira (14) em Uberaba e trataram sobre a proposta do gasoduto vindo de São Carlos com representantes do governo estadual e lideranças políticas da cidade. O encontro aconteceu no gabinete da prefeita Elisa Araújo, contando com a presença de integrantes da Gasmig e, também, de investidores à frente do projeto da termoelétrica prevista para ser instalada na região.
Atuando no grupo de trabalho responsável por analisar estratégias para ampliar a oferta de gás no interior do país, o ex-prefeito Anderson Adauto lembrou que a TGBC já deu entrada, no ano passado, no licenciamento ambiental do ramal de São Carlos e ainda aguarda o parecer do Ibama.
Segundo AA, no encontro, foi acertado que será feito um trabalho político para ressaltar a importância do projeto e buscar agilizar o processo da licença. “Nesse novo momento, os dirigentes da empresa manifestaram que acreditam mais do que nunca na probabilidade de o duto acontecer”, salientou.
Já a prefeita posicionou que o objetivo da reunião foi apresentar o projeto do gasoduto da TGBC não só aos membros do governo estadual, como também aos possíveis investidores, como o grupo à frente do empreendimento da usina termoelétrica.
De acordo com a chefe do Executivo, diante dos entraves que ocorreram no passado para consolidar o duto, o melhor caminho é não depender apenas de um empreendimento para viabilizar a chegada do gás à região. “Queremos trazer investidores que consomem o gás para atrair o duto de fato. Não adianta considerar apenas a planta de amônia, mas um pool de empresas que consomem o gás e viabilizar a implantação”, acrescentou.
Vice-governador diz que Estado não vai criar empecilhos para o duto de São Paulo
Gasmig não criará empecilhos para a implantação do ramal do gasoduto de São Carlos para atender o Triângulo Mineiro. A garantia foi dada pelo vice-governador do Estado, Mateus Simões (Novo), que concedeu entrevista à Rádio JM e falou sobre as tratativas para viabilizar o ramal.
Simões lembrou que o projeto do gasoduto paulista acabou sendo deixado de lado em gestões anteriores para priorizar uma proposta da Gasmig de construir um duto de Betim até o Triângulo Mineiro, o que não se concretizou.
No entanto, o vice manifestou que a intenção do Estado agora é não criar impasse para a concretização do projeto do gasoduto de São Carlos. “Vamos trabalhar com a Gasmig para que ela não coloque nenhum tipo de empecilho ou obstáculo a um ramal de gás vindo de São Carlos. O duto vindo da região metropolitana de Belo Horizonte tem mais de 400 quilômetros de extensão. De São Paulo, são 150 quilômetros. Não há por que a Gasmig tentar atrapalhar de qualquer forma a realização do gasoduto mais fácil e mais rápido vindo de São Paulo. Vamos fazer esforços em conjunto para tentar viabilizar esse projeto de gás privado a partir do ramal paulista”, declarou.
O projeto de São Carlos foi o primeiro a ser citado quando houve a assinatura do protocolo de intenções entre a Petrobras e o governo estadual para a construção da fábrica de amônia em 2011. Entretanto, o duto da TGBC acabou sendo deixado de lado por alternativas como o ramal de Ribeirão Preto (SP) e a proposta do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) de trazer o gás de Betim. Nenhuma avançou.
A TGBC, por outro lado, concluiu o licenciamento ambiental do gasoduto no passado e cumpriu todo o processo burocrático para conseguir a autorização da ANP para a abertura da chamada pública. O procedimento para a comercialização do gás foi até realizado em 2014 e apenas a Gás Brasiliano – empresa pertencente à Petrobras – manifestou interesse em contratar a capacidade do duto, mas a proposta foi considerada inviável e o processo cancelado. Mesmo assim, a empresa seguiu com as articulações desde então para retomar o projeto.