O deputado federal Paulo Abi-Ackel foi reconduzido ao comando durante evento em Belo Horizonte que teve a presença de Piau (Foto: Divulgação)
Com a presença do ex-prefeito de Uberaba Paulo Piau, o PSDB Minas escolheu a nova Executiva do partido, que irá comandar a legenda durante as eleições municipais. O deputado federal Paulo Abi-Ackel foi reconduzido ao comando do partido.
Entre os nomes que compõe o diretório estadual, está o do ex-governador Eduardo Azeredo, como presidente do Instituto Teotônio Vilela. O tucano esteve preso, condenado pelo esquema de corrupção que ficou conhecido como Mensalão do PSDB, em Minas Gerais.
Piau anunciou a filiação ao PSDB em setembro. Na ocasião, declarou que o ingresso na nova sigla não foi condicionado à candidatura no ano que vem e argumentou que a definição sobre eventual participação direta na eleição majoritária será discutida somente em 2024. Nos bastidores políticos, a saída do MDB e a filiação no PSDB foram encaradas como os primeiros passos para Piau disputar novamente a cadeira de prefeito no ano que vem.
Entretanto, ele posicionou ao Jornal da Manhã que “jamais disse à direção do PSDB local, estadual ou nacional que a filiação tivesse qualquer exigência de candidatura”.
Piau não negou explicitamente que pode colocar o nome à disposição do PSDB para disputa majoritária. O ex-prefeito apenas manifestou que o nome para sucessão municipal é um assunto que será tratado somente em 2024.
Quanto à saída do MDB, Piau ainda declarou que não houve ruptura com a liderança da sigla e a relação permanece harmoniosa.
O PSDB de Uberaba conta ainda em seus quadros com o ex-vereador Tiago Mariscal, que durante seu mandato foi ferrenho opositor do governo Paulo Piau.
Há duas semanas, Piau anunciou a composição com o ex-deputado estadual Tony Carlos e o ex-deputado federal Franco Cartafina, com vistas a eleição municipal do próximo ano.
Crítica. Durante a convenção do PSDB, que escolheu o novo comando partidário, o deputado federal Aécio Neves criticou o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), proposto pelo governador Romeu Zema (Novo), com o objetivo de renegociar as dívidas do estado com a União.
Aécio também criticou a tentativa do governo Zema de federalizar a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) como forma de pagamento antecipado de parte da dívida de R$ 160 bilhões de Minas Gerais com a União.