Em meio a impasse na negociação salarial este ano, Câmara Municipal aprovou requerimento que pleiteia aumento de 20% no tíquete-alimentação do funcionalismo da Prefeitura este ano. O documento foi apresentado em plenário pela presidente da Comissão de Assistência aos Servidores Municipais, vereadora Luciene Fachinelli (União), durante a sessão de segunda-feira (1º).
No requerimento, a parlamentar solicita que a prefeita Elisa Araújo conceda um aumento escalonado do tíquete-alimentação, começando com um acréscimo de 20% este ano. “Esse aumento é crucial para garantir uma melhor qualidade de vida aos colaboradores, especialmente em um momento em que enfrentamos desafios econômicos e sociais significativos”, defendeu.
A vereadora ainda manifestou estar ciente dos desafios financeiros que a administração enfrenta, mas argumentou que o tíquete desempenha um papel fundamental no sustento e segurança alimentar dos servidores. “Entendemos que um aumento escalonado, começando com 20%, é uma medida prudente e que permite que a Prefeitura de Uberaba ajuste seu orçamento de forma gradual e sustentável, minimizando possíveis impactos financeiros imediatos”, posicionou.
Luciene também manifestou que a medida seria um reconhecimento do trabalho realizado e do esforço dos servidores na prestação de serviços à comunidade. “Acreditamos que investir no bem-estar e na dignidade dos nossos servidores é fundamental para promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo”, finalizou.
A pauta de reivindicações para a campanha salarial deste ano pedia 30% de aumento no tíquete do funcionalismo, enquanto a proposta apresentada pela Prefeitura foi percentual de apenas 4%. No entanto, após deflagração de greve, os sindicalistas posicionaram que a categoria aceitaria colocar o fim do movimento em pauta se o governo municipal oferecesse, pelo menos, 20% de incremento no vale-alimentação.
Além da leitura do requerimento sobre o tíquete, o projeto que trata sobre o reajuste salarial do funcionalismo entrou em tramitação na sessão desta segunda-feira (1º). O texto enviado pelo Executivo prevê somente os 3,71% de recomposição nos vencimentos, seguindo a proposta apresentada pela Prefeitura e rejeitada pela categoria.
A matéria agora segue para avaliação das comissões internas do Legislativo. Antes de entrar na pauta de votação, a proposição receberá os pareceres das comissões de Assistência aos Servidores Municipais, de Orçamento e de Constituição e Justiça.