Vice-governador ainda mencionou que nos próximos anos não pode haver desperdícios e aplicação de recursos em atividades que não sejam essenciais
Vice-governador afirmou ter "grande preocupação" sobre o pagamento dos salários do funcionalismo mineiro (Foto/Reprodução/Canal O Tempo)
Em entrevista, nesta terça-feira (31), o vice-governador Mateus Simões (Novo) disse ter uma “grande preocupação” sobre a possibilidade de atrasar os salários dos servidores públicos a partir do ano que vem se o Estado não cumprir os trâmites relacionados à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
“Para o governador, pagar funcionário em dia é questão moral, ele já falou isso várias vezes. Se nós não aderirmos ao plano de recuperação fiscal até dezembro, prazo que foi dado pelo STF, nós temos que pagar, no ano que vem, R$ 18 bilhões em dívidas. Nós não temos esse dinheiro para pagar o servidor em dia. Se eu tiver que pagar esses 18 bilhões no ano que vem, provavelmente a partir de fevereiro a gente já não tem dinheiro para pagar os servidores em dia”, explicou.
Ele ainda mencionou que com a adesão ao regime, os próximos anos serão marcados pela contenção de despesas, mas que aquelas com previsão legal permanecerão sendo executadas.
Não pode haver desperdício, não pode haver aplicação de recurso naquilo que não seja atividade essencial, se não vai faltar para aquilo que é atividade essencial, porque nós temos parcelas de dívida para pagar. Todas as vezes que eu falo que serão tempos difíceis, as pessoas falam que o servidor público será prejudicado, mas o que for legal, como os pisos, as progressões de carreira, tudo isso vai continuar acontecendo”, pontuou Simões.
Fonte: O Tempo