Atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (Foto/Arquivo JM)
Secretaria Municipal de Saúde mantém perspectiva de estender atendimento noturno para mais duas unidades básicas ainda em 2023. A possibilidade já estava sendo estudada no fim do ano passado e a titular da pasta, Valdilene Rocha, declarou que não houve recuo quanto ao projeto.
De acordo com a secretária, a equipe está fazendo levantamento para definir as áreas onde existe maior necessidade de abertura do serviço no período noturno. “Precisamos ver a região com maior demanda, onde a população tem mais dificuldade de acesso ao serviço, e que seja localizada onde pessoas de outros bairros também possam ser atendidas”, disse.
A titular da pasta manifestou que bairros como o Girassóis e o Alfredo Freire estão sendo analisados para a ampliação do expediente noturno, mas ainda não está definido quais serão as duas unidades básicas que terão o horário de atendimento estendido.
Questionada, a titular da pasta posicionou que não há uma data confirmada para ampliar o número de unidades abertas até 22 horas. Segundo ela, concretizar a medida depende de cálculos sobre impacto orçamentário, porque será preciso aumentar despesas com pessoal. “Não é tão simples, não é só abrir. Preciso dos profissionais para trabalhar lá”, salientou.
Valdilene afirmou que a expectativa é conseguir abrir, pelo menos, mais duas unidades básicas no período noturno antes do fim do ano. Porém, se houver dificuldades quanto ao processo de contratação de pessoal ou mesmo restrições orçamentárias para 2023, a secretária assegurou que a medida será concretizada em 2024, antes do fim do mandato.
O funcionamento noturno das unidades básicas foi um projeto lançado na gestão do ex-prefeito Paulo Piau (MDB), com abertura de seis postinhos até 22 horas. Na campanha eleitoral em 2020, a prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) prometeu aumentar o número de postos de saúde com atendimento à noite, mas até o momento não houve avanço.
Entre as justificativas colocadas pela atual gestão para a dificuldade em ampliar o atendimento noturno estão a grande rotatividade de profissionais de Saúde na rede e os gargalos para preencher o quadro de pessoal. Questão de segurança e o risco de ataques à equipe são outros fatores apontados.