RETOMADA

Saúde retoma hoje cirurgias eletivas; suspensão adiou mais de 100 operações

Rafaella Massa
Publicado em 24/04/2024 às 07:21
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Secretária de Saúde, Valdilene Rocha, diz que não tinha intenção de forma alguma de prorrogar o prazo de suspensão das cirurgias eletivas (Foto/Arquivo)

Está programada para esta quarta-feira (24) a retomada das cirurgias eletivas em Uberaba. Em entrevista à Rádio JM nessa terça-feira (23), a secretária de Saúde, Valdilene Rocha, calculou que mais de 100 cirurgias deixaram de ser realizadas no período.

No programa Pingo do J, a titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que a volta ocorrerá um dia antes do previsto. Valdilene conta que se reuniu com os prestadores de serviço de forma individual para tomar conhecimento das estratégias internas dos hospitais diante do cenário.

“Não era meu intuito prorrogar esse decreto e, agora pela manhã, a equipe já está encaminhando aos hospitais o ofício para que eles já se preparem, para dar tempo de ligar para os pacientes se programarem para as cirurgias de amanhã”, informou.

Aproximadamente 110 cirurgias deixaram de ser realizadas no período de vigência do decreto. Foram cerca de 50 no HC-UFTM (Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro) e 60 no Mário Palmério Hospital Universitário, conforme Valdilene. A secretária ainda complementou que alguns procedimentos que não necessitavam de internação foram realizados durante a última semana.

“Por exemplo, há cirurgias muito complexas que necessitam de próteses ortopédicas e os hospitais já tinham feito a solicitação, já tinham comprado as próteses, os materiais já estavam separados. São cirurgias mais complexas, e essas não foram suspensas. Outra cirurgia muito requisitada foi a vitrectomia, cirurgias oftalmológicas que não necessitam de internação. Cirurgias em crianças especiais também não foram suspensas. As cirurgias bucomaxilofaciais, para pacientes que sofreram traumas faciais, também foram atendidas”, afirma.

Além disso, a titular da Saúde reforçou que a medida foi necessária devido à quantidade de pacientes aguardando leitos. Somente no dia 12, 70 pessoas esperavam ser transferidas das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), sendo 19 casos cirúrgicos, enquanto o município não tinha disponibilidade de leitos.

Valdilene Rocha informa que o panorama que resultou no decreto vinha sendo acompanhado pela Saúde há pelo menos 15 dias. Apesar de a dengue e a Covid-19 serem doenças presentes no quadro que levou ao esgotamento, elas não foram as principais causas.

“Nós percebemos vários CIDs (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), por exemplo, de doenças gastrointestinais muito severas. Nós percebemos que houve muitos relatos de pessoas com dor abdominal, com diarreia mais severa, que precisaram um pouco mais de internação. As pneumonias também foram causas, além da dengue e da Covid – que foi muito pouco. O número de urgências por traumas foi muito grande”, esclarece.

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