Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rui Ramos, diz que a instalação de uma térmica movida a gás natural seria decisiva para viabilizar o gasoduto. Foto/Divulgação
Aguardando a confirmação de leilão que viabilize a instalação de uma usina termoelétrica no Triângulo Mineiro, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rui Ramos, espera que o resultado das eleições e a mudança no governo federal não prejudiquem o projeto de contratação de energia elétrica a partir de térmicas movidas a gás natural.
Ramos manifestou que o projeto iniciado na atual gestão é estratégico para o Brasil, porém, a troca no comando do governo federal traz incerteza sobre a continuidade dos leilões a partir do próximo ano. “É um projeto de extrema importância para o país. Agora, tudo é possível em mudança de governo. Vamos aguardar e torcer para que a proposta seja mantida e não haja alterações”, reforçou.
O secretário explicou que, até então, a expectativa seria a realização de um leilão no fim de 2023 ou começo de 2024 para a compra de energia elétrica por meio de usinas térmicas, sendo o Triângulo Mineiro uma das regiões que podem ser inseridas no edital do processo. Outras duas usinas estão previstas para o Centro-Oeste brasileiro.
Conforme o titular do Desenvolvimento Econômico, a instalação de uma usina termoelétrica no Triângulo seria decisiva para viabilizar o gasoduto reivindicado pelas lideranças da região, pois o empreendimento trairia uma demanda significativa de gás e fortaleceria o interesse para a construção do gasoduto até Uberaba. “Esses leilões se concretizando talvez já se caracterize a demanda necessária para atrair investidor para o gasoduto”, destacou.
A possibilidade de instalação de uma usina termoelétrica em Uberaba começou a partir da aprovação da Medida Provisória (MP) da privatização da Eletrobras no ano passado. O texto estabeleceu a contratação de 6GW termoelétricos em determinadas regiões do país, por meio dos novos leilões de reserva de capacidade. O Triângulo Mineiro está entre as localidades incluídas na lista.
Em setembro deste ano, o primeiro leilão foi realizado pelo governo federal para contratar energia de usinas termelétricas movidas a gás natural. O Triângulo Mineiro não estava previsto nesse edital.
No primeiro leilão, foram oferecidos 729 MW por três usinas termelétricas, todas a serem construídas na região Norte. O início do fornecimento será em 31 de dezembro de 2026 e o prazo de contrato será de 15 anos. O gás natural que será utilizado para a produção é de origem Amazônica.
Era esperada a contratação de 2GW de energia este ano. Porém, não houve oferta para instalar termelétricas no Nordeste do Maranhão e no Nordeste do Piauí.