REIVINDICAÇÃO

Servidores do Estado cobram recomposição salarial do governo

Gisele Barcelos
Publicado em 21/09/2023 às 21:58Atualizado em 21/09/2023 às 22:07
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Conforme a representante do governo mineiro, a concessão de novas revisões salariais depende da análise de fluxo de caixa do Estado (Foto/Sarah Torres/ALMG)

Em audiência pública na Assembleia Legislativa ontem, servidores estaduais cobraram recomposição salarial do governo mineiro. Lideranças sindicais reclamaram de perdas salariais acumuladas e da falta de disposição da atual gestão para negociar com o funcionalismo mineiro, ameaçando até uma greve geral da categoria.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado (Sindipúblicos), Geraldo Antônio Henrique da Conceição, as perdas salariais acumuladas nos últimos dez anos superam os 40%. Ele disse que muitos servidores não se aposentam porque não podem abrir mão da ajuda de custo, paga somente ao pessoal da ativa. “Se tirar essa ajuda de custo, a pessoa vai passar fome”, afirmou.

Já a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Meio Ambiente, Regina Márcia Pimenta Assunção, manifestou que o acordo para a atualização do plano de carreira da categoria foi homologado judicialmente em 2016, mas até hoje não foi cumprido. Com isso, os servidores se reunirão nesta sexta-feira (22) para deliberarem sobre uma paralisação das atividades.

O presidente da Associação dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg), Carlos Martins, também reclamou da falta de abertura do governo para negociar com os servidores. “Eles nos recebem, mas não têm nenhuma solução para os nossos problemas”, afirmou.

Diante das dificuldades de negociação, o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), Jairo Nogueira Filho, chegou a propor na audiência pública a realização de uma greve geral de todas as categorias do funcionalismo. “Só com pressão o governo vai se movimentar para nos dar o que é nosso de direito”, defendeu.

Participando da reunião promovida pela Comissão de Administração Pública da Assembleia, a assessora-chefe de Relações Sindicais do Governo de Minas, Helga Beatriz Gonçalves de Almeida, reconheceu os problemas estruturais apontados pelos servidores, mas argumentou que a Lei de Responsabilidade Fiscal impõe limites ao atendimento das reivindicações das diversas categorias, como recomposição salarial, revisão do plano de carreira e alteração de carga horária.

Conforme a representante do governo mineiro, a concessão de novas revisões salariais depende da análise de fluxo de caixa do Estado. Mesmo sem um posicionamento quanto a índices, ela ainda defendeu que o governo permanece aberto para discussões com as entidades sindicais. 

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