REPÚDIO

Sindicato dos Servidores repudia as terceirizações e pede concurso

A entidade argumenta que vários serviços públicos foram repassados à iniciativa privada, situação que desvaloriza o servidor e enfraquece o Ipserv

Gisele Barcelos
Publicado em 14/03/2023 às 21:04
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Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Martinho Pereira, cita diversos setores da Prefeitura que estão sob a responsabilidade de empresas (Foto/Divulgação)

Após terceirização da manutenção de estradas rurais ser sacramentada na semana passada, o SSPMU (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba) publicou nota de repúdio nas redes sociais para criticar contra a quantidade de terceirizações feitas na atual gestão e, também, cobrar a abertura de concurso público.

No documento, o presidente do SSPMU, Martinho Pereira, argumenta que várias áreas da Administração Pública Municipal já foram repassadas para a iniciativa privada no governo da prefeita Elisa Araújo (Solidariedade), como os serviços de vigilância patrimonial e de manutenção das estradas da zona rural. Além disso, ele cita que já foram confirmados planos para contratar empresas para a limpeza e conservação de jardins nas escolas.  

O líder sindical aponta no texto que a terceirização desvaloriza o servidor concursado e ainda enfraquece o Ipserv (Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais) porque impacta diretamente na arrecadação previdenciária.

Com isso, o sindicato declarou repúdio contra as terceirizações em andamento na atual gestão e cobrou agilidade do governo para a abertura de novo concurso público. “O SSPMU defende a realização de concurso público urgente para suprir a demanda de mão de obra na Administração Municipal e, ao mesmo tempo, aumentar a contribuição previdenciária do Ipserv”, encerra a nota.

A manifestação dos sindicalistas ocorre após prestação de contas da Secretaria Municipal da Fazenda mostrar um encurtamento na projeção para o Ipserv entrar no vermelho, mesmo com o aumento da alíquota de contribuição. Em fevereiro do ano passado, o levantamento apontava que as reservas do instituto só estariam esgotadas em 2052. O estudo apresentado no mês passado adiantou a data para 2049.

Esta não é a primeira vez que o SSPMU se manifesta contra as terceirizações na Prefeitura. No ano passado, o órgão contestou a contratação de empresa para assumir o serviço de vigilância em prédios públicos da Prefeitura, mas não conseguiu barrar a medida. Também houve protestos contra a proposta de terceirizar limpeza e conservação de jardins em prédios escolares em 2022 e a Secretaria de Educação recuou temporariamente, mas já voltou a discutir a possibilidade.

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