POLÍTICA

Sugestões para concessão da 262 contestam dados sobre o tráfego

Terminou ontem o prazo da consulta pública e foram protocoladas manifestações da prefeita Elisa com outros chefes de Executivo da região e de lideranças e associações microrregionais

Gisele Barcelos
Publicado em 16/12/2022 às 21:30Atualizado em 26/12/2022 às 22:31
Compartilhar

No dia 1º de dezembro, a prefeita Elisa Araújo, com prefeitos da região, protocolou manifestação junto à ANTT (Foto/Divulgação)

Terminou ontem o prazo da consulta pública para interessados encaminharem questionamentos e sugestões ao novo modelo de concessão da BR-262. Ao menos duas manifestações foram protocoladas por lideranças da região do Triângulo Mineiro para análise da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Uma das manifestações foi protocolada ontem por representantes das associações microrregionais que abrangem os 70 municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, bem como lideranças da Sociedade Civil Organizada.

A outra manifestação foi apresentada pela prefeita Elisa Araújo (Solidariedade), juntamente com gestores municipais de Água Comprida, Sacramento e Veríssimo, no dia 1º de dezembro, quando ocorreu a audiência pública para detalhar a proposta da nova concessão da rodovia.

Em ambos os casos, as lideranças políticas e representantes de entidades classistas manifestaram insatisfação com o modelo de concessão proposto para a BR-262 e solicitaram a paralisação da contratação de nova concessionária até que se façam ajustes no projeto para incluir a duplicação total do trecho de Uberaba a Betim.

O grupo contestou, por exemplo, os dados de contagem de tráfego utilizados nos estudos da nova concessão e argumentou que há apenas três pontos de contagem no seguimento da rodovia de Uberaba a Betim. Por isso, os números não são eficientes para amparar um projeto de concessão de 30 anos.

Também foi apontado no documento que a atual concessionária da rodovia foi alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal que investiga possível fraude em relação aos dados do tráfego coletados junto às praças de pedágio.

Além disso, a ANTT foi questionada sobre os motivos de a audiência pública para tratar sobre o projeto não ter sido realizada em Uberaba, permitindo um amplo debate de forma mais transparente sobre as variáveis econômicas e sociais do projeto.

O ofício ainda ressaltou que não foi considerado nos estudos da concessão o cenário da duplicação do trecho total entre Uberaba e Nova Serrana. Desta forma, a ANTT não teria embasamento de alegar a inviabilidade de duplicar todo o seguimento.

Sendo assim, foi requerida a revisão dos estudos de tráfego, o reestudo das taxas de crescimento do tráfego, a revisão dos dados de crescimento do PIB de 2022 utilizando as informações que estarão disponíveis no início de 2023 e, também, uma análise do impacto das obras na tarifa de pedágio.

Assuntos Relacionados
Compartilhar

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por