Trabalhadores ameaçam parar ônibus

Profissionais contratados pela empresa Líder de Transporte Coletivo há pouco mais de dois meses ameaçam parar as atividades na próxima terça-feira (1°). A informação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário, Lutério Alves.

Segundo informações, empresa de consultoria curitibana contratada com a finalidade de melhorar o sistema público do transporte coletivo em Uberaba ouviu diversas reclamações de motoristas e cobradores que prestam serviço à Líder.

Motoristas, que não querem se identificar, afirmam que estão trabalhando mais de 12 horas por dia e cobradores reclamam que falta segurança, se sentindo desprotegidos e sem respaldo por parte da empresa. Pela CLT, o intervalo deve ser de no máximo duas horas e a carga horária de trabalho estabelecida é de sete horas e 20 minutos.

As condições dos ônibus em circulação também são outro agravante.  Segundo denúncia, tem veículo com entrada para cadeirante, mas o elevador está quebrado e, neste caso, o motorista tem que parar o carro e pegar o usuário no colo.

O presidente do Sindicato confirmou algumas das denúncias e admitiu que a empresa está descumprindo o acordo coletivo em várias cláusulas. Lutério adiantou que a Líder foi notificada e tem um prazo até o dia 30 para começar a cumprir o acordo coletivo. “Do contrário, no dia 1º de dezembro, já de madrugada, a equipe vai fazer uma paralisação de advertência”, garantiu o sindicalista.

Providências.  O superintendente de Transporte Coletivo da Prefeitura, Antônio Almeida, disse que não recebeu nenhum documento oficial sobre os problemas, mas afirmou que tem informações que coincidem com tais denúncias apresentadas e já pediu explicações ao diretor da empresa, André Barsan. Apesar disso, ele não acredita que este seja um sinal de crise no serviço. “A empresa acabou de assumir o serviço e ainda é cedo para fazer alarde”, observou.

Procurado pela reportagem do Jornal da Manhã, André Barsan, apesar de estar na Prefeitura, informou que desconhece o assunto e não quis se pronunciar sobre qualquer denúncia contra a empresa.