Para evitar interrupção de obras custeadas por financiamentos com órgãos federais, a Prefeitura, mais uma vez, recorreu à ação judicial para renovação do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) do município. O novo documento tem validade até 11 de maio de 2024.
O governo municipal vem recorrendo à Justiça para liberar o CRP desde dezembro de 2018. O recurso é adotado porque a ausência do certificado impede o recebimento de verbas de financiamentos e de empréstimos firmados com órgãos federais, o que barraria a liberação de recursos contratados para obras em andamento na cidade.
Segundo informações do Ipserv (Instituto de Previdência dos Servidores Públicos), a atual gestão está em dia com os repasses ao instituto e pagando regularmente os parcelamentos dos débitos passados, mas não é o único ponto considerado na análise. Outros 35 critérios são observados para a obtenção do CRP sem interferência jurídica.
A reportagem do Jornal da Manhã solicitou informações para saber quantas pendências já foram sanadas e a perspectiva para viabilizar a emissão do CRP sem necessitar de ação judicial. No entanto, não houve resposta do presidente do Ipserv, Márcio Barros, até o fechamento desta edição.
Atualmente, o município tem três empréstimos que podem ser impactados em caso de não renovação do CRP. Um deles é o financiamento no valor de R$28 milhões junto ao Banco do Brasil. Os recursos estão custeando a segunda etapa da infraestrutura da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), a revitalização do Complexo Turístico de Peirópolis e a duplicação da sua via de acesso ao bairro rural. Além disso, R$87 milhões foram contratados junto à Caixa Econômica para programa de recapeamento na cidade.
Com a renovação do CRP por seis meses, a Prefeitura neste período fica livre de impedimentos para celebrar contratos com a União e de problemas na liberação de empréstimos por instituições financeiras federais.