POR ORDEM

Uberabenses desmontam barracas em frente ao Tiro de Guerra

Grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em Uberaba estava reunido em frente ao TG 11-003 desde novembro do ano passado

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 10/01/2023 às 08:06Atualizado em 10/01/2023 às 21:04
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Manifestantes ocuparam a frente do TG 11-003 em novembro de 2022 (Foto/Redação)

Manifestantes ocuparam a frente do TG 11-003 em novembro de 2022 (Foto/Redação)

Os uberabenses que estavam acampados em frente ao Tiro de Guerra 11-003, no Amoroso Costa, retiraram as barracas e saíram do local no início desta semana. Cerca de 10 manifestantes que ficavam no local diariamente foram desmobilizados nesta terça-feira (10), segundo informações confirmadas pelo TG. Os acampamentos em frente a quartéis em todo o Brasil começaram a ser desativados nesta segunda, após determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em Uberaba estava reunido em frente ao TG 11-003 desde novembro do ano passado, como negação à derrota de Bolsonaro para Lula nas eleições presidenciais. Também no ano passado, a rodovia BR-050, uma das principais vias que cortam a cidade, foi palco de diversas manifestações, com queima de pneus e interrupção do trânsito.

Desde o resultado das urnas, em outubro de 2022, foram feitos protestos na cidade também em frente à 5ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), na Praça Governador Magalhães Pinto.

O ministro Alexandre de Moraes ordenou a dissolução da concentração de bolsonaristas após os atos criminosos de vandalismo nos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8). Ele também decretou que todos os participantes das ações sejam presos em flagrante por diversos crimes.

A sentença ocorreu dentro do inquérito dos atos antidemocráticos, no qual Moraes é relator. Segundo ele, os bolsonaristas devem ser presos por “atos terroristas, inclusive preparatórios”; “associação criminosa”; “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”; golpe de Estado; “ameaça”; “perseguição”; e “incitação ao crime”.

Dentre outras medidas, Alexandre de Moraes também decretou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) por 90 dias. O magistrado acredita que houve “omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência que ficaram demonstradas com a ausência do necessário policiamento”.

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