Em Uberaba, o equipamento que passará pelo procedimento será o da seção 284 da 276ª Zona Eleitoral, localizada na Escola Municipal Professor José Macciotti
Foto/Divulgação
O Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas (antes conhecido como “votação paralela”) é previsto pelo § 6º do art. 66 da Lei nº 9.504/1997
Urnas eletrônicas de Uberaba e Uberlândia foram sorteadas pela Justiça Eleitoral para serem submetidas ao teste de integridade. Os aparelhos foram recolhidos neste sábado (29) e encaminhados para a sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Belo Horizonte, onde o procedimento será realizado neste domingo (30).
O sorteio para o teste de integridade foi realizado neste sábado na capital e transmitido ao vivo pela internet. O processo foi acompanhado presencialmente por 15 entidades, incluindo o Ministério Público, Controladoria Geral de União, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça Militar e também representantes de partidos políticos, entidades fiscalizadoras e uma empresa de auditoria externa contratada pela Justiça Eleitoral.
Ao todo, 33 urnas em 22 cidades foram selecionadas para o teste de integridade. Em Uberaba, o equipamento que passará pelo procedimento será o da seção 284 da 276ª Zona Eleitoral, localizada na Escola Municipal Professor José Macciotti, no bairro de Lourdes. Já em Uberlândia, o aparelho sorteado foi o da seção 318 da 299ª Zona Eleitoral, instalada na Escola Municipal Prof. Sergio de Oliveira Marquez. A urna de Uberaba foi transportada em viatura da Polícia Militar para o aeroporto de Uberlândia, aos cuidados de uma servidora do TRE. Junto com o equipamento de Uberlândia, também selecionado para o teste de integridade, o aparelho foi recolhido de avião para Belo Horizonte.
As duas urnas sorteadas para o teste serão substituídas por urnas de contingência no local de votação em cada uma das cidades.
O Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas é previsto na Lei das Eleições (9.504/1997) e funciona como uma auditoria de funcionamento. O objetivo é mostrar que não há alteração ou desvio de votos registrados na urna eletrônica, e que todos os votos digitados são computados no resultado da seção eleitoral.
Como funciona. O teste de integridade é uma simulação de uma votação oficial, com servidores do TRE-MG, de outros órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público votando como se fossem eleitores de verdade e na presença de fiscais de diversas entidades fiscalizadoras, de representantes do Ministério Público e de auditores externos contratados pela Justiça Eleitoral.
As urnas selecionadas para o teste são separadas e substituídas por outras na votação oficial. Os servidores da Justiça Eleitoral lacram o aparelho sorteado para o procedimento e entregam o equipamento à equipe do TRE-MG, geralmente acompanhada por representantes das entidades fiscalizadoras.
Em paralelo, partidos políticos, coligações, federações e entidades preenchem previamente cédulas de papel (considerando os candidatos reais da eleição) e colocam em urnas de lona que também serão lacradas. Esses votos serão registrados posteriormente em um sistema de contabilização nas urnas auditadas ao longo de todo o domingo de eleições.
De sábado para domingo, as urnas ficam protegidas e guardadas na antessala da sala-cofre do TRE-MG, de onde só saem no começo da manhã do dia da votação, escoltadas por policiais e auditores, para o início dos trabalhos.
Os votos das cédulas de papel serão digitados nas urnas eletrônicas por servidores do TRE e de outros órgãos públicos. Ao final do dia, será feita a apuração dos votos de papel e o resultado vai ser comparado com o que está no boletim da urna eletrônica associada a cada urna de lona.
Todo o procedimento é filmado e transmitido em tempo real pela internet, através do canal oficial do TRE-MG no YouTube, e acompanhado por todos os presentes.