A proposta foi levantada pelo vereador Túlio Micheli (Solidariedade), apontando que a Prefeitura poderia aplicar o valor devolvido pelo Legislativo para custear o serviço
A contratação de vigilância armada para reforçar a segurança nas unidades foi defendida na Câmara Municipal (Foto/Reprodução)
Em meio a rumores de ataques a escolas da rede municipal, a contratação de vigilância armada para reforçar a segurança nas unidades foi defendida na Câmara Municipal esta semana. A proposta foi levantada pelo vereador Túlio Micheli (Solidariedade), apontando que a Prefeitura poderia aplicar o valor devolvido pelo Legislativo para custear o serviço.
O parlamentar lembrou que uma reunião foi realizada pelo governo municipal para discutir medidas e tentar conter o risco de ataques, mas criticou os efeitos práticos. Segundo ele, a solução dada pela administração se resume apenas à confecção de cartilhas educativas, o que não seria suficiente.
Com isso, Micheli propõs que fossem implementadas ações mais concretas. “Quando o município vai entender que estamos tratando de um assunto sério. Os pais querem respostas e saber se podem ou não mandar os filhos para a escola”, argumentou.
Além de citar o projeto do “Botão do Pânico” de autoria da vereadora Denise Max (Patri), o vereador defendeu a contratação de vigilância patrimonial armada para as 35 escolas e os 24 Cemeis (Centros Municipais de Educação Infantil) da rede municipal.
O vereador posicionou que a Prefeitura teria R$ 3,3 milhões em caixa devido à devolução do saldo restante do duodécimo pela Câmara em 2021 e 2022. De acordo com ele, o recurso ainda não foi utilizado e poderia ser aplicado para arcar com efetivo de 60 vigilantes. “O valor de 3.300.000 dava em média salário de R$ 4 mil para cada vigilante durante o período de 12 meses, mais o 13º”, disse.
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Legislativo propõe audiência pública para debater o assunto ainda este mês
Devido à repercussão dos ataques a escolas, Câmara Municipal planeja audiência pública para tratar sobre segurança escolar ainda este mês. Um requerimento foi aprovado esta semana em plenário solicitando a reunião para discutir propostas que evitem casos de violências nas unidades.
Autora do pedido, a vereador Rochelle Gutierrez (PP) defendeu que a presença de vigilantes armados e o aumento do efetivo policial nas escolas pode não ser suficiente para conter casos de violência. Por isso, a parlamentar argumenta ser necessário incluir a comunidade no debate para traçar ações voltadas ao contexto social e familiar dos estudantes.
A data da audiência ainda não confirmada, mas a expectativa é que seja realizada antes do dia 20 de abril – data citada em mensagens divulgadas nas redes sociais sobre possíveis ataques na cidade.