Cartilha da publicidade da Prefeitura foi distribuída em escolas da rede municipal, mas administração nega qualquer tipo de orientação para coação e uso do material pelas instituições (Foto/Reprodução)
Paralelo aos questionamentos na Justiça sobre a campanha publicitária, a distribuição de cartilhas com o slogan “Ela faz, ela cuida” a estudantes da rede municipal também foi contestada ontem no plenário da Câmara. O vereador Marcos Jammal (PSDB) denunciou que alunos teriam sido coagidos a não recusar o material. Prefeitura nega as acusações.
Na sessão, o parlamentar reproduziu áudios em que supostos estudantes citam o “papel da Elisa” em alusão às cartilhas com a campanha publicitária. Nas mensagens, eles relataram que teriam que fazer trabalhos extraclasse com o material e que perderiam pontos se jogassem fora os impressos distribuídos. “Qual será a desculpa desta vez? Que é material institucional? O mesmo lançado um dia antes do lançamento da pré-candidatura”, acrescentou.
Em resposta ao Jornal da Manhã, a assessoria de imprensa da Prefeitura posicionou que não houve qualquer orientação da Secretaria de Educação para que a cartilha fosse utilizada pelos professores em sala de aula e nem determinação para penalizar os alunos que não aceitassem o material.
Ainda na sessão de ontem, foi aprovado requerimento solicitando à Prefeitura que informe a quantidade de outdoors confeccionados para a campanha publicitária e os locais para veiculação.
O documento ainda requer dados com valor gasto com as peças publicitárias para a campanha e as despesas com a mídia impressa e digital da campanha.
Críticas também foram feitas pelo vereador Paulo César Soares China (PCdoB), alegando que o montante desembolsado com a campanha publicitária e confecção das cartilhas foi desperdício de recursos públicos. “É muito dinheiro que estaria melhor aproveitado se usado para a compra de câmeras para as escolas e melhora da saúde”, alfinetou.