Vereador denuncia uso irregular de linguagem neutra em publicação oficial da Prefeitura

Durante a sessão legislativa dessa segunda-feira (17), vereador Diego Fabiano (PP) fez uso da palavra para denunciar uso irregular de pronome neutro em publicação oficial do município. Após as votações na Câmara Municipal de Uberaba, o edil citou a edição 2189, do dia 17 de março de 2023 no Porta-Voz, em que o termo "candidate" foi usado para se referir aos pleiteantes ao cargo de monitor na escola cívico-militar. Além de manifestar sua indignação, o vereador pediu a republicação por correção do termo do Edital 42/2023. O uso de pronome neutro é considerado irregular, uma vez que há legislação municipal que o proíbe, sobretudo em publicações oficiais do município. 

O termo "candidate" foi usado em diferentes momentos, precedido pelo pronome demonstrativo masculino (ao). Na avaliação do vereador, não há como se falar em erro de digitação. 

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"Em todos os momentos onde se fala em candidato ao certame a Prefeitura Municipal trouxe a palavra candidate. Isso não é um erro de ortografia, até porque em vários momentos, no Porta-Voz, a palavra está sendo utilizada em pronome neutro. E aqui eu não estou criticando a pessoa pela opção sexual dela. Eu estou criticando essa irresponsabilidade e essa afronta à língua culta portuguesa, até porque nós temos uma lei aprovada nessa Casa que proíbe a utilização de linguagem neutra no município de Uberaba, sobretudo nos documentos oficiais", disse o vereador.

A vedação à linguagem neutra foi aprovada pela Câmara Municipal de Uberaba no dia 8 de agosto de 2022, após longa discussão em plenário. Antes disso, o projeto, de autoria do vereador Eloísio Santos (PRTB) já havia sido retirado de pauta outras vezes.

A reportagem do Jornal da Manhã buscou posicionamento da Prefeitura Municipal de Uberaba sobre o uso do termo "candidate" na edição 2189 do Porta-Voz. Em nota, a administração limitou-se a classificar o uso do termo como "erro material", sem especificar se o conteúdo será republicado ou não, tampouco se haverá apuração de responsabilidades pelo erro. Veja na íntegra: