Gestão das UPAs deve mudar de mãos, mas o processo está com prazo curto, até junho deste ano (Foto/Divulgação/PMU)
Ministério Público pode ser acionado para cobrar posicionamento da Prefeitura sobre providências já tomadas em relação ao gerenciamento das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). A medida é cogitada pelo vereador Tulio Micheli (Solidariedade), que tenta conseguir detalhes sobre o novo contrato a ser firmado este ano.
O contrato com a Funepu não tem mais possibilidade de prorrogação e se encerra em junho, porém ainda não foi publicado edital para dar início ao processo de contratação de entidade para continuar a prestação do serviço.
Segundo o parlamentar, faltam menos de cinco meses para o fim do contrato e o tempo está apertado para vencer todas as etapas da licitação, especialmente se outra entidade vencer a concorrência e for necessário fazer a transição para substituir a Funepu no gerenciamento das unidades.
Além disso, o vereador apontou que existem etapas ainda não cumpridas antes da publicação do edital do processo licitatório. “A promotoria deu prazo até 15 de janeiro para que a Prefeitura apresente o termo de referência dessa licitação, o que até agora, 6 de janeiro, não aconteceu. E se houver questionamento do Ministério Público? Dará tempo de sanar antes do fim do atual contrato?”, argumentou.
Além disso, Tulio ponderou que o projeto da nova licitação precisa ser submetido à análise do Conselho Municipal de Saúde para que o órgão se manifeste sobre o modelo de contratação antes de o certame ser deflagrado.
Ressaltando que não há qualquer conhecimento sobre o que estará previsto na nova licitação, o parlamentar afirmou que vai protocolar um documento na segunda-feira (9) para solicitar administrativamente esclarecimentos sobre o orçamento estimado e detalhes quanto aos serviços que estarão incluídos no futuro edital, bem como uma resposta sobre os encaminhamentos para a abertura efetiva da licitação. Se o governo municipal não der retorno, ele adiantou que um questionamento será formalizado junto ao Ministério Público sobre o caso.
O vereador ainda argumenta que, caso ocorram entraves e a Prefeitura não consiga finalizar a contratação de uma entidade para o gerenciamento das UPAs até junho, entrará com pedido de instauração de uma Comissão Especial de Inquérito na Câmara Municipal para apurar a situação. “A Prefeitura de Uberaba tem condições de assumir a gestão das UPAs? É claro que não. Se houver problemas em junho e a população ficar desatendida, eu protocolo o pedido de abertura da CEI no dia seguinte”, concluiu.
Tanto a prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) quanto o secretário municipal de Saúde, Sétimo Bóscolo, foram perguntados diversas vezes sobre a licitação referente ao gerenciamento das UPAs diante do fim do contrato da Funepu, mas ambos apenas asseguraram que o prazo será suficiente e descartaram possíveis complicações judiciais no processo. Até o momento, não foram dados detalhes sobre como será o novo edital de licitação e nem informada a data prevista para a publicação do documento.