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Zema cita conflito de horário e não irá à posse de Lula

Governo de Minas também não mandará representante para o evento em Brasília

O Tempo
Publicado em 29/12/2022 às 12:14Atualizado em 29/12/2022 às 14:26
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Governador Romeu Zema (Foto/Gil Leonardi/Imprensa MG)

O governo de Minas Gerais informou nesta quinta-feira (29) que o governador Romeu Zema (Novo) não comparecerá à posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no domingo (1º). Segundo o Palácio Tiradentes, o motivo é o conflito de horários entre a posse do próprio Zema, em Belo Horizonte, e a programação do cerimonial do evento em Brasília.

O governo de Minas também não mandará representante para a posse do petista.

“Tendo em vista o planejamento do cerimonial para a chegada dos chefes de governo em Brasília e, ainda, o horário da Cerimônia de Recondução ao Novo Mandato em Minas Gerais, cujo início está previsto para 11h, em Belo Horizonte, o governador Romeu Zema não conseguirá acompanhar a posse do presidente eleito na capital federal”, diz nota divulgada pelo governo estadual.

Zema participará de dois eventos na manhã de domingo. Ele tomará posse na Assembleia Legislativa de Minas Gerais a partir das 9h. Às 11h, ele estará na cerimônia organizada pelo Poder Executivo no Palácio das Artes para recondução ao novo mandato.

A sessão solene em que Lula tomará posse no Senado Federal está marcada para começar às 15h. Antes disso, porém, o cerimonial reservou o horário de 13h45 às 14h30 para a chegada dos chefes de Estado e de Governo de outros países.

Já demais autoridades, como seria o caso de Zema, e convidados, podem chegar ao Senado entre 13h30 e 14h30.

O governador de Minas Gerais é crítico das administrações petistas, tanto a nível estadual como federal. Durante a última campanha eleitoral, ele declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno contra Lula e disse ser “PTfóbico”.

Apesar da proximidade com o atual presidente, Zema também não compareceu à posse de Bolsonaro em 2019. Naquela ocasião, a assessoria do governador justificou que ele não iria ao evento pois não havia disponibilidade de voo de carreira de Belo Horizonte para Brasília após a posse no governo estadual.

Um dos desafios de Zema no segundo mandato será justamente a interlocução com o governo Lula. O governador precisa da anuência do presidente para que Minas Gerais ingresse no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), programa visto como fundamental para equilibrar as contas públicas.

Além disso, Zema depende da administração petista para conseguir melhorar as estradas federais em Minas. O governador defende, por exemplo, que a BR-381 e a BR-040 sejam concedidas para a iniciativa privada.

Há ainda as privatizações do metrô de Belo Horizonte e da Ceasa Minas, que sofrem resistência principalmente da bancada federal do PT em Minas Gerais. O leilão do metrô foi realizado no último dia 22, mas o contrato ainda tem que ser assinado, decisão que será tomada pelo governo Lula. Já o leilão da Ceasa Minas foi suspenso pelo BNDES após pedido do gabinete de transição.

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