Governador de Minas Gerais ressaltou que está alinhado com seu grupo político de governadores de direita e centro-direita
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) (Foto/Flavio Tavares/O Tempo)
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que vai participar ativamente das eleições de 2026 e não descartou concorrer ao cargo de presidente da República no próximo pleito geral. A declaração foi dada em coletiva de imprensa durante evento do Lide nesta segunda-feira (23 de setembro) no hotel Fasano, região Centro-Sul de Belo Horizonte. "Já coloquei para o grupo (político) que eu vou apoiar o candidato que o grupo vier a apoiar, e que esse nome pode ser qualquer um daqueles que estão no grupo, inclusive o meu nome", avaliou o governador.
Durante debate com empresários, Zema explicou que faz parte de um grupo político com outros governadores de direita e centro-direita, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que está empenhado em encontrar um nome viável do campo político para as próximas eleições.
"(O que é certo) é que eu participarei da campanha. Ou apoiando alguém, ou sendo candidato. O que nós queremos é um Brasil melhor, e o meu projeto não é de poder pessoal, meu projeto é de um Brasil melhor. Eu vou estar ativamente participando em 2026, qualquer que seja a minha atribuição", concluiu Zema.
O governador ressalta que vai também participar ativamente da campanha para o governo do Estado de Minas Gerais, apoiando um candidato para o suceder na gestão. “Precisamos continuar esse trabalho que foi iniciado aqui. Não sabemos quem será, as pesquisas muito provavelmente é que vão apontar”, diz Zema.
Para as eleições à Presidência da República, o governador pondera que será preciso trabalhar em conjunto com seu grupo político para ampliar as chances de sucesso no pleito. Ele avalia ainda que será preciso contornar interesses partidários e “de ego” para que um nome único seja apoiado por todos os governadores de centro-direita e de direita.
“Nós, governadores de centro-direita, temos um grupo, temos tentado trabalhar em conjunto para que esse grupo em 2026 venha a apoiar um único nome, que as pesquisas também apontarão qual será o mais viável. Fui o primeiro a dizer: vocês podem contar comigo independentemente de qual nome for. Pode ser Tarcísio, Ratinho, Caiado, participam desse grupo também Eduardo Leite, Jorginho de Santa Catarina e Mauro Mendes do Mato Grosso", diz Zema.
"Qualquer um pode ser um nome mais viável. Um desses nomes deve despontar ser mais viável, mas esse grupo vai ter que superar interesses partidários, estamos falando de governadores de diversos partidos, e também interesses de ego. Eu espero que nós venhamos a trabalhar unidos, aumenta muito a chance de nós termos sucesso nessa eleição de 2026”, declara.
Críticas ao governo Lula
Durante sua fala no evento, Romeu Zema também não poupou críticas ao atual governo Lula, mesmo sem citar diretamente o nome do governante. De acordo com ele, o futuro do país é “incerto”. “Todo governo que gasta muito vai enfrentar problemas sérios adiante. Só que governo não quebra, mas governo que gasta muito está implantando inflação, ou está plantando recessão, ou uma mistura disso, e consequentemente insatisfação popular. Não foi por acaso que nós tivemos o impeachment e a maior recessão da história do Brasil, o que abriu a oportunidade para uma renovação política na eleição seguinte, de 2018. Esse governo no meu entender está repetindo os mesmos erros do passado”, avaliou.
“Gosto muito de uma frase do Roberto Campos, falecido ex-ministro e economista na qual ele fala que no Brasil o errado continua sendo tentado sempre porque existe a esperança que um dia dê certo. O que é muito ruim. O errado a gente deixa de lado. No Brasil existe essa visão de ficar repetindo erros. Não sei se essa bomba vai estourar antes de 2026 ou depois de 2026, mas uma hora ela vai estourar, uma hora a conta vai chegar. Mas, que a situação, caso perdure essa visão, vai deteriorar, ela vai, sim”, conclui.
Fonte: O Tempo