Governador Romeu Zema (Novo) (Foto/Guilherme Bergamini) ( )
Durante uma entrevista concedida ontem ao programa Estúdio i, da GloboNews, o governador Romeu Zema, do partido Novo, abordou suas perspectivas para o futuro político, tanto pessoal quanto para a direita no país.
Apesar de ser considerado um dos principais candidatos à Presidência da República em 2026, Zema afirmou que está focado em concluir seu trabalho como governador de Minas Gerais: "É importante deixar claro que nos próximos três anos e meio, meu total foco será realizar um bom trabalho à frente do estado de Minas Gerais. Recebemos um estado em dificuldades, com uma extensa malha viária que precisa ser recuperada, e somente no ano passado começamos a enfrentar esse desafio".
Com a recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Zema desponta como uma das figuras proeminentes para disputar a presidência a partir de 2027, embora ele insista que não abrirá mão de seu compromisso com o estado.
"Este 'projeto Brasil' definitivamente não está em meus planos. Minha prioridade é criar mais empregos para os mineiros. Estamos caminhando para a criação de um milhão de vagas, em breve alcançaremos essa marca, o que é bastante significativo", argumentou o governador.
Ele acrescentou que "o futuro deve ser considerado lá na frente. Aqueles que se preocupam excessivamente com o futuro deixam de resolver os problemas deste momento, deste próximo ano. Estou aqui para solucionar os problemas dos mineiros. Ainda há muito a ser feito".
Em relação à polarização que marcou as últimas eleições presidenciais, Zema optou por adotar uma posição neutra: "Eu sou, assim como a maioria dos mineiros, alguém moderado. Não acredito em posições extremas, acredito no diálogo. Durante a pandemia, agimos de forma diferente do governo federal aqui em Minas, e mesmo enfrentando dificuldades financeiras, alcançamos uma das menores taxas de mortalidade do país".
Ele também defendeu que os interesses da população devem prevalecer sobre os interesses políticos: "Precisamos de menos conflito, menos agressões e mais soluções para resolver os problemas não apenas dos mineiros, mas também dos brasileiros. Quando há tantos ataques e discussões, a solução acaba sendo deixada de lado, e quem sofre as consequências são as pessoas".