SAÚDE

80% das pessoas com glaucoma procuram tratamento após danos

Pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) aponta que 80% das pessoas que têm glaucoma só buscaram o oftalmologista depois de perceber alterações

Thassiana Macedo
Publicado em 19/10/2013 às 00:35Atualizado em 16/12/2022 às 04:24
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Pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) aponta que 80% das pessoas que têm glaucoma só buscaram o oftalmologista depois de perceber alterações, como perda de visão, olhos vermelhos, desconforto e embaçamento. A pesquisa revela que a maioria dos indivíduos chega ao consultório com muita perda do campo visual e alto impacto na qualidade de vida, deixando de desenvolver atividades que antes eram comuns e independentes.

Entre os entrevistados, 69% tiveram a capacidade de leitura significativamente reduzida com o glaucoma; 65% disseram que a adaptação à mudança de ambiente claro para escuro e vice-versa é a maior barreira causada pela doença, e para 50%, caminhar passou a ser muito difícil. O glaucoma é uma doença ocular hereditária, degenerativa e progressiva, causada principalmente pelo aumento da pressão do olho e que leva à lesão do nervo óptico. Lima alerta que, na maioria das vezes, a doença chega sem apresentar sintomas, o que pode ocasionar um tratamento tardio para aqueles que não fazem os exames rotineiramente.

Segundo a oftalmologista Maria Rosa de Moraes Silva, sem diagnóstico, a doença é tratada somente quando a percepção da perda parcial da visão já foi instalada. Em estágio avançado, há comprometimento do campo visual e embaçamento constante, sendo que a perda da visão é progressiva. “O glaucoma é a primeira causa de cegueira irreversível em todo o mundo e no Brasil, mas não é uma doença única. Há vários tipos de glaucoma, sendo que alguns deles não apresentam sintomas. Na verdade, o tipo mais comum seria o glaucoma de ângulo aberto, que não apresenta sintomas, portanto o paciente não percebe que tem a doença”, afirma.

Outras formas manifestam sintomas variados. A oftalmologista destaca que alguns pacientes podem perceber que têm a doença justamente baseados nos fatores de risco, como o aumento da pressão intraocular. Para isso, toda pessoa a partir dos 40 anos deve procurar o oftalmologista, dando mais atenção ao check-up dos olhos, especialmente se pertencer a um dos grupos que apresentam fatores de risco para o aparecimento do glaucoma. “O histórico familiar é um fator de risco. Um paciente com antecedentes de glaucoma na família tem maior chance de desenvolver a doença, assim como pacientes da raça negra, nos quais o glaucoma acaba sendo mais grave. O risco é muito maior também nos pacientes acima de 40 anos e aumenta a cada década. Outros fatores de risco de relativa importância são o diabetes e a miopia. Portanto, considerando que a doença não apresenta sintomas, se a pessoa está no grupo que apresenta fatores de risco, deve ser avaliada por um oftalmologista regularmente para saber se tem ou não a doença”, completa.

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