Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde, 28 milhões de brasileiros têm problemas de audição
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 360 milhões de pessoas no mundo e 28 milhões de brasileiros sofrem com a perda de audição. Estudos revelam que a deficiência auditiva atinge de alguma forma cerca de 70% da população de idosos e fica mais evidente após os 65 anos de idade.
O fonoaudiólogo André Luís da Silva explica que o ideal é trabalhar a prevenção, com exames periódicos, buscando assim uma forma de se precaver para não ter essa perda, e se tiver, que seja de forma menos invasiva. “Assim como o corpo, o sistema auditivo também envelhece. Isso é irremediável, porém é preciso não se acomodar com o envelhecimento e procurar ter a melhor qualidade de vida possível”, orienta o fonoaudiólogo. Ele aponta outros fatores causadores da perda auditiva, como o uso indevido de “walkman”, fatores genéticos, enfermidades adquiridas durante a gravidez, infecções na infância, exposição excessiva a ruídos e uso indevido de medicamentos. “Não é que a pessoa não deva tomar remédios, mas deve tomar cuidado com a automedicação e atentar para ver se a alta dosagem está causando danos”, expressa.
Se o paciente está com dificuldades de ouvir, deve procurar o otorrinolaringologista, que posteriormente o encaminhará ao fonoaudiólogo para a audiometria – exame que avalia grau e tipo de perda auditiva. Se a avaliação positivar a deficiência, o médico indicará o melhor tratamento, que poderá ser medicamentoso, cirúrgico ou com o uso da prótese.
O uso do aparelho é a maneira mais utilizada, uma vez que, quando cabível, evita a cirurgia e apresenta resultados praticamente imediatos. Há
20 anos, quando as próteses eram analógicas, a adaptação era complicada, já que não havia precisão melindrosa na regulagem. “Hoje, com tecnologia digital, os dados da audiometria são repassados para o aparelho em um chip e a regulagem é feita com exatidão, por computador”, explica André Luís.
O fonoaudiólogo afirma que a evolução tecnológica facilitou inclusive o convívio familiar daqueles que possuem a deficiência. “É possível, por exemplo, regular o volume da televisão por meio dele, sem incomodar ninguém que está ao lado. Da mesma forma, o telefone, através do bluetooth, pode ser atendido evitando o incômodo do barulho de ‘apito’, queixa tão comum entre os pacientes”. Detectada a necessidade, crianças também podem utilizar a prótese.
ERRATA: Em matéria publicada no dia 19, sobre teste da orelhinha, o fonoaudiólogo aparece na foto utilizando jaleco da empresa Telex. Informamos que o profissional não faz parte do quadro de funcionários da empresa, sendo hoje pertencente à Audibel Uberaba.