Acompanhamento regular de um médico reduz surpresas

Quando a mulher finalmente alcança a estabilidade emocional e financeira, algo que geralmente ocorre após os 35 anos, pode ser mais difícil conseguir ter filhos e, por não terem a real noção do peso da idade biológica nas funções reprodutivas, elas acabam não se precavendo quanto a seu futuro como mãe.

Por isso, o ginecologista e obstetra Alexandre Sivieri destaca que outra medida eficaz para acompanhar a fertilidade são as avaliações periódicas das funções reprodutivas. “A visita constante, anual, ao ginecologista, para avaliação global da mulher é muito importante, sendo necessários exames como citologia de Papanicolau, ultrassonografia transvaginal, avaliação das mamas, exame clínico geral e exames sanguíneos, tais como glicemia, hemograma, perfil lipídico e avaliação hormonal. Essas são medidas fundamentais para a mulher que pretende ter filhos, principalmente em idade mais avançada”, informa.

O médico alerta, no entanto, que a procura pelo atendimento médico antes da gravidez é também muito importante. “É ideal para a realização de exames para a detecção de doenças que podem ser transmitidas para o feto, assim como o uso do ácido fólico 3 meses antes da gestação para evitar mal formações do tubo neural. Essas medidas são estimuladas e orientadas às mulheres que desejam uma gravidez mais tardia”, ressalta Sivieri.

Além disso, vinte e oito dias é a média de tempo que dura um ciclo menstrual. Algumas variações, no entanto, podem ocorrer, sendo considerados normais ciclos com intervalos entre 21 e 35 dias, contando do primeiro dia de um ciclo ao primeiro dia do outro. Para que a mulher descubra como funciona o seu organismo ou perceba qualquer alteração nesse período, é essencial fazer o acompanhamento e, se possível, manter anotadas todas as datas dos seus ciclos. Afinal, qualquer mudança deve ser observada com atenção para que sejam evitados problemas futuros, como, por exemplo, a infertilidade.