Dermatologista Giovanna Prata explica que o estresse e ansiedade gerados pelo isolamento podem ser gatilhos para a queda capilar
Babi Magela
Segundo a dermatologista Giovanna Prata, cada caso deve ser analisado individualmente para investigar a causa da queda de cabelo
A queda de cabelo mais parece um fantasma a aterrorizar homens e mulheres sem nem precisar de Halloween. Apesar de ser uma queixa relativamente comum, dermatologistas de todo o planeta têm recebido mais queixas após o isolamento social. E a questão emocional pode ter tudo a ver com isso.
“O isolamento social gera maior ansiedade e estresse, fatores que funcionam como um gatilho para a queda capilar. Além disso, estar em isolamento aumenta também a percepção dessas quedas”, explica a dermatologista Giovanna Prata.
Cada caso deve ser analisado individualmente por um profissional qualificado. “Caberá ao médico dermatologista a avaliação profissional do quadro de queda para estabelecer o melhor tratamento e a melhor conduta para auxiliar no problema”, indica a especialista. Giovanna Prata ainda relata que a queda de até 100 fios por dia pode ser considerada normal, mas que não existe equação exata e comprovada cientificamente capaz de comprovar quando a perda dos fios deixa de ser normal e se torna um problema.
“Você é o principal agente para verificar mudanças no padrão de queda. Se começa a incomodar, então é o momento certo de falar com um especialista para buscar a causa do problema e o tratamento mais adequado”, orienta.
Segundo a dermatologista Giovanna Prata, a alopecia (queda de cabelo) pode ser classificada em dois grandes grupos. O primeiro é chamado cicatricial, quando há danos irreversíveis aos folículos, não sendo possível o retorno do crescimento. Já o não-cicatricial, que é o mais comum, pode ser revertido após o fim da alteração no folículo, voltando a crescer cabelo naquela área.
Entre as quedas não-cicatriciais está o chamado eflúvio telógeno, que consiste em um aumento da perda diária de fios de cabelo. Entre outros motivos, ele pode ser causado por dietas restritivas, cirurgias como a bariátrica e o parto. Má alimentação, estresse emocional relevante e algumas medicações também são causas que podem derrubar os fios de cabelo.
A dermatologista, no entanto, afirma que determinados nutrientes estão ligados ao bom funcionamento do ciclo capilar. É o caso do ferro, zinco e as vitaminas D e B12. Isso explica por que os tratamentos muitas vezes estão ligados à suplementação de nutrientes e elementos que atuam na construção dos fios. Entretanto, antes da suplementação devemos afastar outras possíveis causas de queda de cabelo, como hipotireoidismo e anemia, por exemplo.