SAÚDE

AGU dispensa supostos riscos em rótulos dos enxaguantes bucais

O pedido anterior teve como base pesquisa feita no Brasil com 309 pacientes e publicada na Revista de Saúde Pública da USP

Publicado em 09/05/2012 às 10:55Atualizado em 19/12/2022 às 19:48
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Embora poucas pessoas saibam, o uso de enxaguantes bucais como modalidade complementar de limpeza deve ser prescrito por um dentista. Isto porque, se utilizado em excesso, o enxaguante bucal pode causar câncer. Porém, após uma ação do Ministério Público Federal contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para exigir que fabricantes de enxaguantes bucais com álcool informassem na embalagem que o produto pode causar câncer de boca e da faringe quando o uso foi frequente, a Advocacia-Geral da União (AGU) obteve, na Justiça, uma decisão que desobriga a agência de fazer tal exigência.

O pedido anterior teve como base pesquisa feita no Brasil com 309 pacientes e publicada na Revista de Saúde Pública da USP e, também, a divulgação de um estudo australiano que relacionou o uso prolongado de enxaguantes alcoólicos com o surgimento de câncer de boca e laringe.

A pesquisa baseou-se, ainda, no fato de o câncer de boca ter atingido mais de 14 mil pessoas em 2010, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Junta-se a isso o fato de que cerca de 80% da população só descobre o câncer de boca nas fases avançadas, o que dificulta o tratamento. O resultado, de acordo com o Inca, é que a taxa de mortalidade desse tipo de câncer chega a 13%, considerada alta para doença evitável com detecção precoce.

Para a Advocacia-Geral da União, no entanto, estudos da Anvisa comprovaram não existir perigos de se desenvolver a doença usando o produto. Por causa da doença, pessoas têm diversas partes do rosto atingidas, incluindo olhos, bochechas e orelhas, o que só pode ser revertido com a retirada das áreas comprometidas e o implante de próteses e tecidos. Cerca de 80% da população só descobre o câncer de boca nas fases avançadas, o que dificulta o tratamento. Por isso, de acordo com o Inca, a taxa de mortalidade desse tipo de câncer chega a 13%, sendo considerada alta para uma doença evitável quando detectado precocemente.

O diretor estadual da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Eduardo Borges Neiva Ferro, ressalta que um cuidado importante na prevenção da doença é tomado na hora de escolher o enxaguante bucal. O especialista alerta que é preciso ter atenção redobrada com a composição do produto antes de adquiri-lo, já que produtos que contêm álcool podem, sim, desencadear o câncer na boca. “A orientação é não usar enxaguantes com álcool. A pessoa que faz uso constante desse produto irá atuar da mesma forma que aquela que ingere bebidas alcoólicas regularmente”, frisa.

 

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